Assalto pode estar ligado a roubo do BC
7/1/2011
Argentina pede ajuda à Polícia Federal na investigação do assalto ao Banco Provincia em Buenos AiresPorto Alegre. A Polícia da Argentina pediu ajuda para a Polícia Federal do Rio Grande do Sul para auxiliar nas investigações de um assalto a uma agência do banco argentino Província, em Buenos Aires, durante o feriado do Ano-Novo, informou o órgão brasileiro ontem.
Os argentinos e a Interpol entraram em contato com a Polícia Federal após analisar que o roubo - estimado em US$ 6,8 milhões - foi feito de forma semelhante ao do grupo que tentou roubar agências do Banrisul, em 2006. A PF suspeita que a quadrilha possa ter ligação com o assalto ao Banco Central em Fortaleza, em agosto de 2005, e à tentativa de assalto às agências do Banrisul e da Caixa Econômica Federal no Rio Grande do Sul, em 2006.
"O modus operandi é muito parecido com o que aconteceu em Fortaleza e na tentativa do Rio Grande do Sul. Estamos em contato com nossos policiais federais na Argentina e com a Interpol, tendo em vista que até o momento ninguém foi preso. O que sabemos que pode contribuir com as investigações informamos para eles", afirmou o superintendente da PF no Rio Grande do Sul, delegado Ildo Gasparetto. Além de reforçar o trabalho na delegacias na fronteira argentina, a PF encaminhou as investigações da tentativa de roubo do Banrisul aos órgãos estrangeiros.
Na Argentina, os criminosos alugaram uma casa em julho de 2010, onde começaram a cavar o túnel de 30 metros que os levou até os cofres do banco. O canal contava com sistema de iluminação e ventilação.
Casos brasileiros
Em Fortaleza, uma quadrilha assaltou o Banco Central entre os dias 6 e 7 de agosto de 2005, levando R$164,7 milhões.
A quadrilha havia alugado uma casa vizinha ao banco em maio. Os bandidos começaram a escavar o túnel de 78 metros de comprimento, 70 centímetros de altura e 4 metros de profundidade. O canal foi revestido com lona e contava com sistema de ar condicionado e iluminação elétrica.
Em 2006, a Operação Toupeira da PF impediu o assalto, em 2006, ao Banrisul. O presos pertenciam ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa de SP que atua dentro e fora dos presídios. A PF quer descobrir se integrantes desta facção estão envolvidos no assalto ao banco na Argentina.
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