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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ESTÁ NO JORNAL O POVO /POR DOMITILA ANDRADE

Telefonia responde por 9,88% das insatisfações

O setor de telefonia é o responsável por 432 reclamações das 4.369 registradas no Procon-CE entre setembro de 2009 e este mês. A Oi lidera o ranking das empresas reclamadas- especial para O POVO 16/09/2010 

A empresa de telefonia Oi tem uma liderança indesejada: o primeiro lugar no ranking de cadastro de reclamações, publicado ontem pelo Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon-CE). O setor de telefonia, que se encaixa na categoria de serviços essenciais, figura entre os principais alvos das reclamações dos consumidores. Ao todo, são 432 reclamações, o que corresponde a 9,88% das 4.369 totais registradas entre setembro de 2009 e este mês.

A telefonia móvel da Oi encabeça a lista com 138 reclamações e é seguida no setor pela telefonia fixa também da Oi com 84 reclamações. Logo em seguida, vem a Tim Nordeste com 81, Claro com 68, Embratel com 43 e Vivo com 18.

Um dos 138 casos registrados pelo Procon foi a do universitário Samuel da Silva (30). Ele é cliente da Oi há quatro anos e contratou os serviços da Oi Velox 3G em setembro de 2009. Pelo o contrato, ele teria dois meses de serviço grátis, mas ainda nos primeiros dias de uso Samuel decidiu cancelá-lo. “A internet tem a velocidade muito baixa, e depois de 14 dias de uso foi bloqueada sem que me fosse explicado o motivo”, argumentou.

Problemas
Os problemas aumentaram quando Samuel começou a telefonar para a Oi. “Eu ligava e demorava tanto que eu desistia e desligava. Na quinta tentativa, esperei por 45 minutos e fui transferido para oito atendentes diferentes, até eles desligarem sem cancelar”, relata. Ao todo foram 18 ligações sem êxito.
“Só consegui cancelar porque fui ao Procon”, disse. Sentindo seus direitos de consumidor lesados, Samuel decidiu pedir as cópias das 18 gravações e, segundo ele, a Oi alegou problemas técnicos e a perca de oito das 18 cópias. “Depois de sete meses, eles me enviaram um CD com cinco minutos de gravações aparentemente editadas”, afirmou.

O universitário então entrou no dia 25 de março deste ano com uma ação civil pública contra a Oi. “A minha intenção não é apenas que a operadora receba alguma punição, mas que também sirva de exemplo para outros consumidores que se sentem lesados”. A ação ainda corre no Ministério Público.

Por meio de sua assessoria, a Oi, assim como a Embratel, a Claro e a Tim, informou que mantém um programa contínuo de melhoria de qualidade de serviço, com investimentos que visam garantir o aprimoramento constante no atendimento do cliente.

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