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sábado, 28 de junho de 2014

Ivens compra Hotel Esplanada


Empresário negociou a aquisição com o Banco do Nordeste e cogita transformar equipamento, hoje desativado, em condomínio residencial

Jocélio Lealleal@opovo.com.br
ROBERTO KENNEDY
Ivens Dias Branco: investimento no Esplanada é dele enquanto pessoa física, não como Grupo M.Dias Branco)


O empresário Ivens Dias Branco está comprando o antigo hotel Esplanada, na Beira Mar, em Fortaleza. O acerto já foi feito com o Banco do Nordeste (BNB) e restam apenas definições com relação a dívidas com a Prefeitura e com a Secretaria do Patrimônio da União (SPU). A confirmação da venda põe fim a um impasse que já durava cerca de oito anos.

O POVO apurou que uma hipótese considerada prioritária por Ivens - já controlador do Hotel Praia Centro - é não reativar o edifício como hotel, mas como empreendimento imobiliário.

O Esplanada foi tomado pelo BNB como garantia em um empréstimo feito pelo grupo português Dorisol. Desde então, diversos grupos interessados desistiram por conta do tamanho da dívida a ser paga. A dívida cresceu a cerca de R$ 80 milhões, por conta dos juros ao longo de quase uma década. O empréstimo concedido utilizou recursos do FNE (constitucional) e isto engessava o Banco nas negociações.

Conforme publicou a Coluna Vertical S/A em 27 de abril passado, a venda do Esplanada e outros esqueletos sob controle do Banco do Nordeste e de outras instituições públicas ficou possível depois que o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central baixaram a Resolução nº 4314/14. A resolução flexibilizou as condições impostas pelo BNB.

O saldo devedor apurado com encargos totais (inclusive multa, mora, taxa de inadimplência, dentre outras) assustava. Por um lado, garantias no valor de cerca de R$ 80 milhões, por outro, um saldo devedor superior a R$ 70 milhões, valores de 2013 (estimativas).

O histórico da derrocada do Esplanada começa em dezembro de 2005, quando a Hotel SYS Gestão em Hotelaria Ltda, dona do Hotel Dorisol, em Recife (PE), celebrou contrato de financiamento com o BNB (FNE), dá ordem de R$ 30 milhões, com vistas a aquisição, soerguimento e modernização do Hotel Esplanada, então sob o controle dos sócios Nélson Otoch e Grupo Jereissati. Por razões diversas, o projeto não prosperou e a empresa tornou-se inadimplente no Banco.

Investidores estrangeiros, mobilizados pelo empresário Sid Latif, assumiram a posição anterior de Antônio Jardim (Grupo Dorisol), tendo apresentado ao Banco, juntamente com a Construtora Diagonal, uma proposta de acordo, que não vingou
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