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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Fiéis lotam Catedral para assistir à missa da Ceia do Senhor

Na missa conhecida pelo ato do Lava-pés, o arcebispo de Fortaleza, dom José Antônio Tosi, lavou, enxugou e beijou os pés dos fiéis. O secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos, foi um dos que tiveram o pé lavado
FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES
As 12 pessoas que participaram do ato simbólico fazem menção aos 12 apóstolos que tiveram os pés lavados por Jesus
Com um gesto de fé e devoção, o arcebispo de Fortaleza, dom José Antônio Tosi, arregaçou as mangas de sua batina ao encontro de 12 fiéis. Abaixou-se e, de joelhos, lavou os pés daqueles que estavam a sua espera. Não só lavou, como enxugou e beijou todos eles. Era a Missa da Ceia do Senhor, que aconteceu na noite de ontem, na Catedral Metropolitana de Fortaleza, e reuniu centenas de fiéis. A missa relembrava a ceia de Jesus com seus discípulos e foi marcada com o momento do lava-pés.

As 12 pessoas que participaram do ato simbólico fazem menção aos 12 apóstolos que tiveram os pés lavados por Jesus. Elas foram escolhidas de acordo com a Campanha da Fraternidade 2012, que tem como tema “Fraternidade e saúde pública” e como lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”. O lava-pés foi realizado pelo arcebispo da Capital como símbolo de humildade e serviço.

“Esse gesto é profundo. Não é só o de lavar o pé, Ele veio purificar todas as pessoas”, detalhava o arcebispo em sua homilia. Dom José Antônio também explicou o significado de lavar os pés. “Não olhar os pecados dos outros, mas amar em qualquer condição”, disse.

A missa de ontem também foi marcada pela Transladação do Santíssimo Sacramento, na qual o sacerdote retirou o Cibório do Sacrário e o conduziu até um local de reposição, preparado numa capela devidamente ornamentada. As toalhas do altar e as cruzes da igreja também foram retiradas.

Saúde

Entre os que tiveram os pés lavados estava o secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos. Ele participou do momento mais esperado da missa junto com demais pessoas da área da saúde do Estado. “Foi uma emoção diferente, principalmente para quem é católico como eu sou”, afirmou o secretário.

Ele ainda explicou a importância do ato, dizendo que tem a ver com a dignidade humana. “A valorização da dignidade e do serviço tem muito a ver com o papel da saúde pelo mundo, que deve atender a todos que necessitam com dignidade, independente da sua condição humana. Esse exemplo de Jesus deve ser seguido por todas as pessoas do mundo”, argumentou.

Em relação à Campanha da Fraternidade, o secretário Arruda Bastos qualificou o tema da campanha como “muito bem escolhido”. Segundo ele, é muito bom que a sociedade discuta gestão pública. “A população tem que reivindicar melhorias”.

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