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sábado, 25 de janeiro de 2014

INTERNACIONAL - BY UOL

Choques deixam 29 mortos no Egito


Ao menos 29 pessoas morreram ontem no Egito, segundo a agência de notícias AFP, durante o aniversário que marcou os três anos do início da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak.
Segundo informou um porta-voz do Ministério da Saúde, 26 dessas mortes aconteceram no Cairo, a capital, e em seus arredores.
Em todo o país, 168 pessoas ficaram feridas e houve mais de 700 detenções.
Milhares de apoiadores do atual governo, chefiado pelos militares, se reuniram na praça Tahrir, no centro da capital egípcia.
Defensores de Mohamed Mursi, deposto em julho do ano passado, tentavam chegar à região central da cidade, mas eram impedidos pela polícia, que fez disparos com escopetas e usou gás lacrimogêneo.
Gritos pedindo o "fim do regime" eram ouvidos –uma reivindicação feita com frequência durante os protestos que culminaram com o fim da ditadura de Hosni Mubarak, em 2011.
Ao mesmo tempo, ao som de música folclórica tradicional, uma multidão de simpatizantes ao governo interino egípcio, que é apoiado por militares, celebrava nas ruas.
A crescente violência no país não arranhou a popularidade do general Abdel Fattah al-Sisi, comandante do Exército e possível candidato nas próximas eleições.
Cartazes com sua imagem estavam espalhados pela marcha e eram vendidos nas ruas.
CENÁRIO VIOLENTO
Há dois dias, quatro bombas que tinham como alvo a polícia explodiram no Cairo, matando seis pessoas. A sequência de atentados deixou ao menos 92 pessoas feridas. Segundo o Ministério do Interior, 237 foram presas.
O cenário violento reflete os três anos de tumulto político que os egípcios vivem desde 2011.
Mursi, eleito após o fim da ditadura de Mubarak, foi deposto e preso em 3 de julho após intensas manifestações populares.
Recentemente, a Irmandade Muçulmana, à qual Mohamed Mursi era ligado, foi classificada como organização terrorista e não pode participar de eleições.
Desde julho, o Egito está sob o comando de um governo interino apoiado pelo Exército. Neste mês, uma nova Constituição, que dá mais poderes a militares, foi referendada.

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