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segunda-feira, 4 de março de 2013

Julgamento do caso Eliza Samudio


Primeiro dia de julgamento, tem boato sobre confissão e choro de Bruno

Carlos Eduardo Cherem, Guilherme Balza e Rayder Bragon
Do UOL, em Contagem (MG)

 A delegada, que era titular da delegacia de homicídios de Contagem (MG) à época do desaparecimento de Eliza Samudio, afirmou nesta segunda-feira (4) que Jorge Luiz Rosa, primo de Bruno, lhe disse que o goleiro reagiu com "naturalidade" assim que soube da morte de Eliza Fabiano Rocha/Agência O Globo
O primeiro dia do julgamento do goleiro Bruno, acusado de ser o mandante do sequestro e morte de sua ex-namorada Eliza Samudio, em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), nesta segunda-feira (4), foi marcado pelo choro do atleta no salão do júri do fórum Dr. Pedro Aleixo e por boatos de que ele iria confessar o crime, que ocorreu em 2010. Dayanne dos Santos, ex-mulher de Bruno, também é julgada, mas pelo sequestro do filho que Bruno teve com Eliza.

Logo no início do julgamento, Quaresma, que já defendeu Bruno, tomou a palavra e pediu à magistrada para ter acesso ao acervo audiovisual no qual estão depoimentos das testemunhas que já foram ouvidas e serão inquiridas novamente.

Defesa contesta certidão de óbito de Eliza, e Bruno chora

O questionamento de Quaresma incomodou a juíza, que disse ao defensor que ele não tem direito de interferir neste júri, já que o cliente dele (Bola) será julgado em outro júri. "Está indeferido, o senhor pode voltar para o seu lugar." Em seguida, Marixa afirmou que ele poderia ter acesso ao material sempre que desejasse.

Confissão

Desde o começo do dia, havia informações de que Bruno poderia confessar o crime.
O assistente de acusação, José Arteiro Cavancanti, afirmou que uma possível confissão reduziria a pena do goleiro. "A coisa tem de ser boa para todas as partes", afirmou. "Não conversamos ainda com o promotor [Henry Castro] nem com a defesa, mas caso o Bruno confesse tudo, quem foi que pagou e quem foi quem executou o crime, a sua pena pode ser reduzida de 35 anos para 18", afirmou.
Mais tarde, Lucio Adolfo da Silva, advogado do goleiro Bruno, voltou a afirmar, durante um intervalo no salão do júri, que não existe acordo entre os advogados de acusação e defesa para a confissão de Bruno --como mandante do sequestro e assassinato de Eliza Samudio.
"Não existe acordo. Aquela imoralidade, aquela indecência que aconteceu com o Macarrão é absolutamente ilegal. O acordo que foi feito durante o julgamento do Macarrão não existe no direito brasileiro"' afirmou o advogado.

Choro

Bruno aparentemente chorou duas vezes na sala do júri. A primeira vez foi logo após a entrada na sala do júri. Alguns minutos depois, seu advogado, Lúcio Adolfo da Silva, entregou-lhe uma Bíblia. O atleta folheou o livro, deteve-se em uma página e voltou a chorar.
A mãe de Eliza Samudio, Sônia Moura, presente à sala, afirmou não acreditar nas lágrimas do goleiro.

 


Testemunhas

O depoimento mais importante do dia, da delegada Ana Maria Santos, não trouxe novidades à versão já apresentada pela polícia sobre o caso.
A delegada afirmou que Jorge Luiz Rosa, primo de Bruno, lhe disse que o goleiro reagiu com "naturalidade" assim que soube da morte da vítima.
De acordo com o menor disse à Ana Maria, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, contou a Bruno, no sítio em Esmeraldas (MG), que a morte de Eliza havia ocorrido horas antes, na casa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano (MG).
"Ele disse que o Bruno reagiu com naturalidade. Em seguida, ele [Jorge Luiz Rosa], Bruno, Macarrão e Sérgio Rosa Sales colocaram fogo em uma mala vermelha de Eliza Samudio."
Mais cedo, tanto acusação quanto defesa dispensaram a maioria das testemunhas. Nesta terça-feira (5), mais três irão depor.

Jurados

O corpo de jurados que julgará o goleiro Bruno Fernandes e sua ex-mulher Dayanne Souza foi formado, nesta segunda-feira (4), por cinco mulheres e dois homens.
Os sete jurados foram sorteados em um grupo de 25 pré-selecionados em um grupo de voluntários que se inscreveu para participar de júris ao longo deste ano.
Dos 25, dois jurados pediram para não participar do júri.
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Versão da polícia para morte de Eliza: o caso Bruno em quadrinhos40 fotos

Minas Gerais - Bruno, Macarrão, Flávio, Coxinha e Elenílson são presos e levados à penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG); a Justiça mineira recebeu a denúncia do Ministério Público, tornando todos réus em ação penal por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, mediante meio cruel e sem chance de defesa da vítima), cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. O corpo de Eliza não foi encontrado lustrações: evision Reportagem: Rosanne D'Agostino

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