Primeiro dia de julgamento, tem boato sobre confissão e choro de Bruno
Carlos Eduardo Cherem, Guilherme Balza e Rayder Bragon
Do UOL, em Contagem (MG)
Do UOL, em Contagem (MG)
Logo no início do julgamento, Quaresma, que já defendeu Bruno, tomou a palavra e pediu à magistrada para ter acesso ao acervo audiovisual no qual estão depoimentos das testemunhas que já foram ouvidas e serão inquiridas novamente.
Defesa contesta certidão de óbito de Eliza, e Bruno chora
Confissão
Desde o começo do dia, havia informações de que Bruno poderia confessar o crime.O assistente de acusação, José Arteiro Cavancanti, afirmou que uma possível confissão reduziria a pena do goleiro. "A coisa tem de ser boa para todas as partes", afirmou. "Não conversamos ainda com o promotor [Henry Castro] nem com a defesa, mas caso o Bruno confesse tudo, quem foi que pagou e quem foi quem executou o crime, a sua pena pode ser reduzida de 35 anos para 18", afirmou.
Mais tarde, Lucio Adolfo da Silva, advogado do goleiro Bruno, voltou a afirmar, durante um intervalo no salão do júri, que não existe acordo entre os advogados de acusação e defesa para a confissão de Bruno --como mandante do sequestro e assassinato de Eliza Samudio.
"Não existe acordo. Aquela imoralidade, aquela indecência que aconteceu com o Macarrão é absolutamente ilegal. O acordo que foi feito durante o julgamento do Macarrão não existe no direito brasileiro"' afirmou o advogado.
Choro
Bruno aparentemente chorou duas vezes na sala do júri. A primeira vez foi logo após a entrada na sala do júri. Alguns minutos depois, seu advogado, Lúcio Adolfo da Silva, entregou-lhe uma Bíblia. O atleta folheou o livro, deteve-se em uma página e voltou a chorar.A mãe de Eliza Samudio, Sônia Moura, presente à sala, afirmou não acreditar nas lágrimas do goleiro.
Testemunhas
O depoimento mais importante do dia, da delegada Ana Maria Santos, não trouxe novidades à versão já apresentada pela polícia sobre o caso.A delegada afirmou que Jorge Luiz Rosa, primo de Bruno, lhe disse que o goleiro reagiu com "naturalidade" assim que soube da morte da vítima.
De acordo com o menor disse à Ana Maria, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, contou a Bruno, no sítio em Esmeraldas (MG), que a morte de Eliza havia ocorrido horas antes, na casa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano (MG).
"Ele disse que o Bruno reagiu com naturalidade. Em seguida, ele [Jorge Luiz Rosa], Bruno, Macarrão e Sérgio Rosa Sales colocaram fogo em uma mala vermelha de Eliza Samudio."
Mais cedo, tanto acusação quanto defesa dispensaram a maioria das testemunhas. Nesta terça-feira (5), mais três irão depor.
Jurados
O corpo de jurados que julgará o goleiro Bruno Fernandes e sua ex-mulher Dayanne Souza foi formado, nesta segunda-feira (4), por cinco mulheres e dois homens.Os sete jurados foram sorteados em um grupo de 25 pré-selecionados em um grupo de voluntários que se inscreveu para participar de júris ao longo deste ano.
Dos 25, dois jurados pediram para não participar do júri.
Ampliar
Minas Gerais
- Bruno, Macarrão, Flávio, Coxinha e Elenílson são presos e levados à
penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG); a
Justiça mineira recebeu a denúncia do Ministério Público, tornando todos
réus em ação penal por homicídio triplamente qualificado (por motivo
torpe, mediante meio cruel e sem chance de defesa da vítima), cárcere
privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. O corpo de Eliza não
foi encontrado lustrações: evision Reportagem: Rosanne D'Agostino
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