HPV
Também é possível a transmissão do HPV de mãe para filho no momento do parto, devido ao trato genital materno estar infectado. Entretanto, somente um pequeno número de crianças desenvolve a papilomatose respiratória juvenil.
O HPV pode ser controlado, mas ainda não há cura contra o vírus. Quando não é tratado, torna-se a principal causa do desenvolvimento do Câncer de colo do útero e do Câncer de Garganta. 99% das mulheres que possuem Câncer de colo do útero foram infectadas por esse vírus.
Sintomas
O HPV pode ser sintomático clínico e subclínico. Quando sintomático clínico, o principal sinal da doença é o aparecimento de verrugas genitais na vagina, pênis e ânus.É possível também o aparecimento de prurido, queimação, dor e sangramento. Espalham-se rapidamente, podendo se estender ao clitóris, ao monte de Vênus e aos canais perineal, perianal e anal. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta do homem e da mulher.
Nos homens, a maioria das lesões se encontra no prepúcio, na glande e no escroto. As verrugas apresentam um aspecto de uma couve-flor.
Já os sintomas do HPV subclínico (não visível a olho nu) podem aparecer como lesões no colo do útero, na região perianal, pubiana e ânus.
Diagnósticos
O HPV pode ser diagnosticado através do exame ginecológico e de exames laboratoriais, como Papanicolau, colposcopia, peniscopia e anuscopia.Deve-se realizar diagnóstico diferencial com outras lesões papilomatosas, incluindo variações anatômicas (glândulas sebáceas, pápulas perláceas do pênis), outras doenças infecciosas e neoplasias.
Diagnóstico Diferencial de Condiloma Acuminado
Doenças Sexualmente Transmissíveis
- Condiloma plano (síflis) – lesão de base larga com superfície lisa.
- Herpes simples vírus (HSV) – erupção vesiculosa com base eritematosa e ulcerações.
- Molusco contagioso – pápulas amareladas com umbilicação central.
- Querastoses seborréticas – lesões hipertróficas de superfície rugosa.
- Nevos-lesões tipicamente elevadas, porém tipos pedunculados podem ocorrer.
- Pápulas perláceas do pênis – pápulas circunscritas, com 1 a 2mm de diâmetro, usualmente sobre a porção proximal de glande.
- Papulose boewnóide – carcinoma in situ, pápulas rugosas únicas ou múltiplas, de 2 a 4mm de diâmetro, variando de cor da pele a vermelhos-acastanhado, recalcitrante às terapias habituais para verrugas.
- Melanona maligno – tipicamente único, pode ser plano ou elevado com variação na cor e formato.
- Condiloma gigante ou tumor de Buschke-Lowenstein – lesão maligna de
baixo grau, localmente invasiva que pode surgir como condiloma
pedunculado.
Prevenção
Para evitar o aparecimento do HPV recomendam-se os seguintes cuidados:- Uso de camisinha masculina, para todos os tipos de relações sexuais (oral, anal, genital);
- Uso de camisinha feminina;
- Vacina quadrivalente (previne contra o HPV 6,11,16 e 18) ou bivalente (contra o HPV 16 e 18);
- Rotina do exame preventivo (Papanicolau);
- Evitar fumar, beber em excesso e usar drogas, pois essas atividades debilitam o sistema de defesa do organismo, tornando a pessoa mais susceptível ao HPV.
Tratamentos e Cuidados
O tratamento do HPV depende de vários fatores, como idade do paciente, o local e número de lesões, e se a mulher está grávida ou apresenta alguma doença ginecológica.Os principais tratamentos são:
- Criocirurgia – Tratamento feito com um instrumento que congela e destrói o tecido anormal;
- Laser – Utilizado em alguns tipos de cirurgia para cortar ou destruir o tecido lesionado;
- Cirurgia de alta frequência (CAF) – procedimento realizado com um instrumento elétrico que remove e cauteriza a lesão;
- Ácido tricloro acético (ATA) – é um ácido aplicado pelo médico diretamente nas lesões;
- Conização – retira-se um pedaço do tecido em forma de cone, com o auxílio do bisturi, laser ou CAF;
- Medicamentos – indicados para melhorar o sistema imunológico.
Convivendo
A infecção genital por HPV por si só não contraindica uma gravidez. Se existirem lesões induzidas pelo HPV (tanto verrugas genitais como lesões em vagina e colo), o ideal é tratar primeiro e depois engravidar.Se ocorrer a gravidez na presença dessas lesões, não existem grandes problemas; porém, as verrugas podem se tornar maiores em tamanho e quantidade devido ao estímulo hormonal característico da gestação. Nessa situação, podem existir maiores dificuldades no tratamento, e o médico avaliará se é possível a realização de parto normal ou não.
Existe a possibilidade de o HPV ser transmitido para o feto ou recém-nascido e causar verrugas na laringe do recém-nascido e/ou verrugas na genitália. O risco parece ser maior nos casos de lesões como as verrugas genitais. Mesmo nesses casos, o risco de ocorrer esse tipo de transmissão é baixo.
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