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Ainda não se sabe se o velório do ex-jogador será feito em São Paulo ou na cidade de Itapira, no interior do estado. Apesar disso, a família do jogador já confirmou que o enterro acontecerá no Cemitério Municipal de Itapira, cidade natal de Bellini, a 170 km da capital paulista. .
"Não sabemos muita coisa ainda, não conversei com meu filho sobre. A notícia nos pegou de surpresa, a gente não esperava essa notícia nesta tarde", disse Giselda Bellini, mulher do ex-jogador, ao UOL Esporte.
Segundo a mulher de Bellini, a morte aconteceu por volta das 16h30 desta quinta-feira devido à insuficiência respiratória e falência múltipla dos órgãos.
"Realmente foi duro, ele vinha sentido essa dor há algum tempo, com essa doença agravada há algum tempo. Ele era uma pessoa com relação boa com todos, tinha um amor pela terra natal dele, aqui em Itapira. Era uma paixão dele vir para Itapira, já fazia muito tempo que ele não vinha, a gente já vinha convivendo com isso. Sabíamos que a qualquer momento poderia acontecer, mas sempre fica aquele sentimento que podia ter uma melhora. Infelizmente, não aconteceu, a gente tem de aceitar. Pedir a Deus que reserve um lugar de paz com muita tranquilidade por tudo que ele representou para nossa família, dedicada com a família. Uma perda muito grande, vai ficar um vazio", disse Toninho, sobrinho de Bellini.
De acordo com Toninho Bellini, o ex-zagueiro sofria com o Mal de Alzheimer há 10 anos e estava entubado em sua residência antes de ser levado ao hospital. Em virtude da doença, Bellini não reconhecia mais ninguém, inclusive sua mulher.
"Há três anos que ele não reconhecia mais ninguém. É uma pena, porque era uma pessoa tão querida, simples e atenciosa. Ele já não estava bem antes de ser internado. Já não se comunicava e estava entubado", declarou Toninho Bellini, sobrinho e ex-prefeito de Itapira.
O ex-jogador havia sido internado outras vezes por problemas respiratórios.
O primeiro a levantar a taça
Nascido em Itapira em 1930, o capitão da seleção em 1958 imortalizou o gesto de levantar o troféu após conquista em campo. "Não foi nada programado", disse, posteriormente. "Os fotógrafos pediram que eu levantasse a taça."
Esse foi o primeiro Mundial do zagueiro, que voltaria a ser campeão com a seleção no Mundial de 1962, no Chile; nesta Copa, ele foi reserva. O capitão era o titular da zaga Mauro Ramos de Oliveira.
Bellini disputou sua última Copa em 1966, quando jogou as duas primeiras partidas da seleção que acabaria eliminada com uma derrota para Portugal.
Nos clubes, Bellini fez história como zagueiro do Vasco entre 1952 e 1962, conquistando três Campeonatos Cariocas (1952, 1956 e 1958) e um Torneio Rio-São Paulo (1958). Depois, foi para o São Paulo, onde atuou por 1962 e 1968 e substituiu Mauro Ramos como ídolo da defesa são-paulina. Ele se aposentou no Atlético Paranaense, em 1969.
Em virtude do Mal de Alzheimer, Bellini se distanciou dos amigos de Itapira. Seus últimos anos de vida foram em uma residência em São Paulo.
"Já tinha muito tempo que o Bellini enfrentava essa doença. Era uma pena, porque era um ouro de pessoa. Ele se afastou porque já não conhecia mais as pessoas", relembra Flávio Boretti, ex-presidente do Itapirense e amigo de Bellini.
Capitão do primeiro título mundial, Bellini morre aos 83 anos -
Atacante
campeão mundial com o Brasil em 58, Mazzola (na foto, à direita) trocou
o bicampeonato em 62 para defender a seleção italiana, já que tem dupla
cidadania. Atualmente, aos 75 anos, o ex-jogador segue vivendo na
Itália, em Turim, onde é comentarista esportivo. No futebol da Velha
Bota, atuou por quase 20 anos e fez história no país. Pela seleção
brasileira, teve curta passagem, entre os anos de 1957 e 58, porém,
vitoriosa. Foram 11 partidas, apenas uma derrota e oito gols marcados Acervo UH/Folhapress
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