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quinta-feira, 20 de março de 2014

EVANGELHO DO DIA 21/03/2014


A parábola da vinha - Mt 21,33-43.45-46

“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou nela um lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns agricultores e viajou para o estrangeiro. Quando chegou o tempo da colheita, ele mandou os seus servos aos agricultores para receber seus frutos. [...] Por fim, enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. Os agricultores, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e tomemos posse de sua herança!’ [...] Por isso vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e entregue a um povo que produza frutos”. [...]. 
Forte apelo a reconhecer em Jesus o dom de Deus.
A parábola não é o retrato fiel da realidade. Ela visa transmitir uma mensagem cuja finalidade é levar a compreender o mistério de Deus e adequar o comportamento do homem de fé com o desígnio salvífico de Deus. No Antigo Testamento, a vinha é símbolo do povo de Deus, povo que Deus criou e escolheu e que cuida com amor (cf. Is 5,1-7). Entre os membros do povo de Deus, há aqueles que Deus escolheu para, em nome do Senhor, cuidarem e protegerem o povo que a Deus pertence. A parábola denuncia, em primeiro lugar, aqueles que, ao invés de cuidarem do povo, querem se apossar da vinha do Senhor. Para isso, rejeitaram todos os que foram enviados por Deus para alertá-los. É uma menção ao fim trágico de muitos profetas. Em segundo lugar, e essa é a intenção mais importante da parábola, faz o leitor compreender que a morte de Jesus foi premeditada e é fruto da ganância, da maldade deliberada (cf. vv. 38-39). Apesar do v. 42, a parábola não possui um juízo condenatório; ela é, isso sim, um forte apelo a reconhecer em Jesus o dom de Deus, a viver em conformidade com esse dom e, nele, produzir bons frutos.

Carlos Alberto Contieri,sj

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