O Japão e a China concordaram em reforçar a cooperação econômica e financeira, disse o ministro das Finanças japonês, Taro Aso, neste sábado (06), à medida que a postura protetora do presidente norte-americano Donald Trump e a tensão sobre a Coreia do Norte influenciam as perspectivas de crescimento da Ásia.
O ministro chinês das Finanças, Xiao Jie, que perdeu uma reunião trilateral com seus colegas japoneses e sul-coreanos na sexta-feira (05) em razão de uma reunião doméstica de emergência, entrou para as negociações com Aso, buscando dissipar especulações de que sua ausência teve implicações diplomáticas.
"Nós trocamos ativamente pontos de vista sobre a situação econômica e financeira no Japão e na China e nossa cooperação no campo financeiro", disse Aso aos repórteres após a reunião, que incluiu funcionários do alto escalão do ministério das finanças e do banco central.
"Foi significativo que reconfirmamos a necessidade de cooperação financeira entre os dois países, ao mesmo tempo que compartilhamos nossas experiências em lidar com políticas econômicas e questões estruturais", acrescentou.
Interesse mútuo
Os dois países concordaram em lançar uma pesquisa conjunta sobre questões de interesse mútuo, sem detalhar, e relatar os resultados nas próximas conversas, que serão realizadas em 2018 na China.
Eles não discutiram questões como moedas e riscos geopolíticos do programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte durante o diálogo, mantido em paralelo à reunião anual do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) em Yokohama, no leste do Japão, segundo Aso.
As relações entre o Japão e a China têm sido sofrido tensões por causa das linhas territoriais e a ocupação do Japão de partes da China na Segunda Guerra Mundial, embora os líderes tenham recentemente procurado consertar os laços através do diálogo.
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