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terça-feira, 30 de outubro de 2012

RISCOS DA LOPOASPIRAÇÃO


Modelo morre durante cirurgia de lipoaspiração em clínica de SP


A modelo Pamela Baris Nascimento, 27, que já trabalhou como assistente de palco em programas de televisão, morreu durante uma lipoaspiração em uma clínica no Ipiranga (na zona sul de São Paulo).
O caso ocorreu no último dia 19, mas a polícia só foi informada ontem pela manhã.
De acordo com a investigação, o fígado de Pamela acabou perfurado durante a cirurgia. Ela perdeu muito sangue, sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
O corpo já havia sido removido para São Francisco do Sul, em Santa Catarina, onde foi enterrado, quando a polícia soube do ocorrido.
Segundo Nelson Junior, advogado do hospital Green Hill, onde o procedimento foi feito, foi opção da família enviar o corpo para a cidade natal e não comunicar primeiro as autoridades.
Foi a tia da vítima, Enedida Nascimento, 61, quem decidiu procurar a polícia. A mãe biológica da modelo morreu quando ela tinha apenas seis anos.
Editoria de Arte/Folhapress
"Ela chegou andando e saiu morta da clínica. Quando recebemos a notícia, ficamos revoltados. Eu nem fiquei sabendo que ela faria essa cirurgia, ela não me disse, pois eu não gostava dessas coisas", contou Enedina.
Agora, o caso é investigado como homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). A polícia aguarda a exumação do corpo e o resultado de exames do IML (Instituto Médico Legal).
O delegado-titular do 17º Distrito Policial (Ipiranga), Evandro Luís de Melo Lemos, disse que vai pedir uma ordem judicial para ouvir o médico responsável pela cirurgia, Júlio César Yoshimura.
A polícia também investiga se houve crime de fraude processual, já que não foi avisada sobre a remoção do corpo.
Os responsáveis pelo hospital Green Hill se reuniram com os familiares da jovem na noite do próprio dia 19 para informar o ocorrido e oferecer o apoio necessário.
Pamela, atualmente, não atuava mais na televisão e cursava biomedicina na FMU. Já era a terceira lipoaspiração a que ela se submetia.
OUTROS CASOS
Ao menos outras duas brasileiras morreram neste ano após se submeterem a cirurgias estéticas.
Em fevereiro, a paraense Graciane Carvalho Sampaio, 28, morreu após fazer lipoaspiração e implante de silicone em uma clínica nos EUA.
Em janeiro, a defensora pública Maria Luiza Coelho, 48, morreu após passar por uma cirurgia de lipoaspiração e sustentação dos seios no Hospital Unimed, em Boa Vista (RR). (ANTONIO VESSANI)

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