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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

ECONOMIA

Para garantir desconto na conta de luz, governo vai desembolsar R$ 8,5 bi

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JULIA BORBA
DE BRASÍLIA

Para garantir o desconto de 18% na conta de luz dos consumidores e de até 32% para as indústrias prometido ontem pela presidente Dilma, o governo vai ter de arcar com R$ 8,5 bilhões por ano.
A informação é da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), órgão que regulamenta o setor, e o dinheiro extra virá de aportes anuais do Tesouro Nacional.
O montante é duas vezes e meia o valor previsto inicialmente, em setembro do ano passado.
Quando foi anunciada, a redução prevista seria de 16,2% para o consumidor e de até 28% para a indústria e o desembolso para garantir o desconto se limitava a R$ 3,3 bilhões.
O governo, no entanto, contava com a adesão de todas as empresas que estivessem com seus contratos vencendo entre 2015 e 2017. No entanto, companhias como Cesp e Cemig preferiram ficar com seus contratos até o final e não antecipar a renovação dos contratos.
Essa decisão já implicava em um maior aporte do governo, que o governo garantiu que não seria necessário deslocar verba do Tesouro, uma vez que 'o próprio' sistema seria suficiente para tapar esse buraco.
Esse uso de verba do sistema, entretanto, nunca foi totalmente esclarecido pelo governo.
Ontem, entretanto, em pronunciamento em rede nacional, no rádio e na televisão, a presidente Dilma Rousseff anunciou que decidiu ampliar a redução das contas de luz e também antecipar o início do desconto.
Segundo afirmou a presidente, a partir desta quinta as contas residenciais ficarão 18% mais baratas, ao contrário dos 16,2% anunciados inicialmente. A promessa inicial era reduzir as tarifas a partir do dia 5 de fevereiro
No caso da indústria, agricultura, comércio e serviços, a redução será de até 32%.
Para financiar o maior desconto e a desistência de empresas do setor, o Tesouro fará maior aporte, além de continuar nessa conta o uso do fundo CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que possui cerca de R$ 22 bi, e os créditos que o governo possui junto a Itaipu.

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