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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Ônibus param de circular em região de ataque em Santa Catarina

Foram queimados em Santa Catarina 27 ônibus, avaliados entre R$ 250 mil e R$ 300 mil. Linhas estão sendo desativadas devido ao medo
 
MARCELO CAMARGO/ABR
Ônibus saem do Terminal Central de Florianópolis com escolta policial. Esquema especial funciona entre 20 e 23 horas

Além do medo de ser vítima de criminosos, o passageiro do transporte público de Santa Catarina tem enfrentado suspensões nas linhas de ônibus e pode pagar mais caro pela tarifa por conta dos atentados. Os coletivos são os principais alvos dos ataques. Por causa disso, algumas empresas já informaram que vão pedir reajuste nas passagens para reduzir os prejuízos. Até ontem, 27 ônibus, avaliados entre R$ 250 mil e R$ 300 mil, haviam sido queimados no Estado.

A empresa Transol suspendeu 10 linhas para o Morro do Cruz, complexo no Centro de Florianópolis onde moram cerca de 30 mil pessoas. A desativação foi motivada por um ataque na tarde de terça-feira.

Desde o início dos atentados, em 30 de janeiro passado, os coletivos circulam com restrições em Florianópolis e cidades do Oeste e do Norte do Estado. Em Ilhota, a 105 quilômetros de Florianópolis, o problema também atinge o transporte escolar. A prefeitura busca alternativas para 1,2 mil estudantes da cidade depois que quatro ônibus do serviço foram atacados na garagem da Prefeitura.

O possível aumento de tarifa foi informado por Valdir Gomes, presidente do sindicato das empresas da Grande Florianópolis. O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior (PSD), afirmou que vai desautorizar o reajuste da passagem, que custa R$ 2,70. (das agências de notícias)

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Uma das hipóteses é que os ataques deste ano tenham sido motivados por problemas nos presídios do Estado. O trabalho de agentes prisionais é questionado por supostas agressões ou transferência de líderes criminosos.

A onda de ataques em SC

Ocorrências
Ônibus queimados: 23
Atentados contra bases da Polícia Militar: 4
Atentados contra bases da Polícia Civil: 3
Atentado contra instalação do Deap (cuida do sistema prisional): 1
Carros da PM queimados: 2
Ataques contra prefeituras: 2
Veículos queimados: 4
Outros (ocorrências consideradas menores, como fogo em lixeiras): 18

Hipóteses

AGRESSÃO
Câmeras de segurança registraram agentes prisionais disparando balas de borracha contra presos rendidos e nus em Joinville.

TRANSFERÊNCIA Em janeiro, o traficante Rodrigo de Oliveira, suspeito de chefiar a facção Primeiro Grupo Catarinense, foi transferido para o presídio de Criciúma.

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