Polícia detém três pessoas durante protesto tenso no Recife
GABRIELA LÓPEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RECIFE
Ao menos três pessoas foram detidas durante manifestação nesta
quarta-feira (26), no Recife. O ato foi tenso porque manifestantes foram
impedidos pela Polícia Militar de chegar até a sede provisória do
governo de Pernambuco.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RECIFE
Manifestantes cobraram melhorias no transporte público neste quinto ato. A Secretaria de Defesa Social ainda não divulgou um balanço do protesto, mas confirmou ao menos três detenções para averiguar porte de material ilícito.
Entre os apreendidos está um adolescente de 16 anos. Suspeito de soltar fogos de artifício contra policiais e portar drogas, ele foi encaminhado à Gerência de Polícia Criança e do Adolescente.
Segundo a PM, 2.500 pessoas participaram da manifestação. Elas saíram no fim da tarde da praça do Derby, área central do Recife, rumo ao Centro de Convenções, onde funciona a sede provisória do governo. Próximo ao local, a PM montou um bloqueio para impedir a chegada do grupo às instalações da administração estadual.
Em alguns momentos, foram jogadas pedras contra os policiais, que não revidaram. Foi feita uma barreira formada por grades e integrantes do Batalhão de Choque e da Cavalaria.
Durante cerca de duas horas, os manifestantes tentaram negociar a passagem, mas o grupo se dispersou sem entendimento.
Os manifestantes queriam que uma comissão formada por 30 pessoas fosse recebida pelo governo, mas assessores da Casa Civil que faziam a negociação limitaram o número a dez representantes.
Impedidos de passar, parte dos manifestantes seguiu para o prédio da vice-governadoria, onde houve depredação de um ônibus e dos blocos de concreto da via. Além de ter o vidro quebrado por pedras, o coletivo foi pichado com a frase "Não à repressão".
"Esse grupo não é o que fez o protesto pacífico", disse a presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais, Zenilda Lima, que viu os atos de vandalismo.
Outros pequenos grupos ainda fizeram protestos isolados em pontos da cidade no início da noite.
OUTRO LADO
Em nota, o governo de Pernambuco informou que a pauta de reivindicações do protesto já é atendida pelo Estado.
"Compreendemos o desafio da mobilidade urbana e estamos trabalhando para apresentar soluções", afirmou no texto o secretário de Articulação Social e Regional, Aluísio Lessa.
Segundo ele, desde 2008, a passagem aumentou 34,4% enquanto a inflação crescia 43,7%. "Não há Estado onde os reajustes tenham sido tão limitados", disse.
O governo disse que a tentativa de entendimento com manifestantes foi frustrada porque a mobilização não indicou representantes para dialogar.
A administração afirmou ainda que "participantes mais radicais" atiraram fogos e pedras nos policiais.
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