Empresariado busca conciliação em torno de impasse
De acordo com a Associação dos Empresários da Praia do Futuro impedimento das atividades dos ambulantes no entorno da barraca CrocobeachUma reunião agendada para o início de agosto poderá definir a situação dos ambulantes que estariam impedidos de comercializar produtos nos limites da barraca Crocobeach. No encontro, a diretoria da Associação dos Empresários da Praia do Futuro (AEPF) deverá se reunir previamente a fim de estabelecer prazo para reunião com associados e ambulantes para debater a medida.
De acordo com Fátima Queiroz, presidente da AEPF, a ideia não seria a de determinar uma possível exclusão da Crocobeach do quadro de associados da instituição. Ela explica que a proposta é que as partes possam discutir as normas do estatuto e as posturas que estariam contrariando estas normas.
“Exclusão é um termo forte. Mas ocaso esta sendo analisado e caberá às autoridades tomarem as iniciativas dentro da lei”, reforçou a presidente, ressaltando, entretanto, que a questão ainda não foi decidida.
Em tom de conciliação, Queiroz pregou que a Crocobeach reveja sua postura para que a relação entre donos dos estabelecimentos e profissionais ambulantes mantenha o perfil amistoso que, segundo ela, sempre ocorreu.
“Dos associados, pedimos que haja uma postura mais tranquila sobre a atuação dos ambulantes. E dos ambulantes, pedimos que possa haver uma qualificação das suas atividades”, pontou, justificando que muitas vezes os clientes se sentem “incomodados “ pelos profissionais não-cadastrados.
Ação civil
No último dia 15, o Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) ajuizou ação civil pública contra o proprietário da Crocobeach, Argemiro Guidolin Filho. A ação foi proposta pela procuradora da República Nilce Cunha a partir de relatos de comerciantes que alegam que o estabelecimento impede pessoas, que não sejam clientes, de circularem no trecho de praia onde está situada a barraca.
Procurado pela equipe do O POVO, Fabiano Venâncio, proprietário da Crocobeach, afirmou que preferiria não se pronunciar sobre o caso. Entretanto, adiantou apenas que o MPF ainda não teria entrado em contato com a empresa a respeito da ação civil e que os trabalhos do empreendimento iriam seguir seu curso normal até que o poder público tome sua decisão.
Padronização
A fim de definir o ordenamento das atividades dos ambulantes no entorno da Praia do Futuro, a Secretaria Regional II (SER II) iniciará a partir de 1º de agosto o cadastramento tanto de vendedores quanto de demais pessoas que queriam iniciar comércio no local.
Pelo projeto da célula municipal, os comerciantes deverão passar por um processo de padronização envolvendo orientação das atividades a serem executadas, além de produção de fardamentos e crachás.
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