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sábado, 28 de dezembro de 2013

NACIONAL - By O ESTADÃO

Forças de segurança ocupam aldeia Tenharim em Humaitá

O objetivo é para cerca de 60 pessoas que invadiram a reserva e iniciar as buscas por três desaparecidos

José Maria Tomazela - Enviado especial
HUMAITÁ (AM) - Uma força-tarefa da Polícia Federal e da Força Nacional, apoiada pelo Exército brasileiro, ocupou neste sábado (28) a área de passagem da rodovia Transamazônica pela reserva dos índios Tenharim, em Humaitá, sul do Amazonas, para retirar cerca de 60 pessoas que invadiram a reserva.
Reserva foi invadida por centenas de pessoas na sexta - Raoni Magalhães
Raoni Magalhães
Reserva foi invadida por centenas de pessoas na sexta
Revoltados contra o desaparecimento de três moradores da cidade, no início do mês, os moradores se dividiram em carros e caminhonetes e atearam fogo nos postos de pedágio instalados pelos índios. Desde a manhã deste sábado, eles permaneciam concentrados no km 150 da rodovia.
No início da noite, a PF negociava a saída dos invasores sob pena de prisão. "Estamos preparados para cumprir a lei que manda preservar o cenário de possíveis crimes", disse o delegado Alexandre Alves.
Segundo ele, após a desocupação serão iniciadas as buscas pelos desaparecidos. Há suspeitas de que eles tenham sido sequestrados pelos indígenas.
Na manhã deste sábado, Alves sobrevoou a reserva para definir a estratégia das buscas. "Temos o aparato para iniciar as buscas, mas depende da limpeza da área (retirada dos invasores)." A PF vai usar helicópteros e entrar pelo mato com cães farejadores da Polícia Militar.
Homens do 54º Batalhão de Infantaria de Selva do Exército em Humaitá iniciaram a instalação de uma base avançada na manhã deste sábado, na localidade de Santo Antonio do Matupi, uma das extremidades da reserva.
As forças montaram bloqueios e controlam a passagem de pessoas e veículos pela rodovia entre Humaitá e Santo Antonio do Matupi. De acordo com o tenente coronel Antonio Prado, o objetivo é dar apoio à investigação da PF. Os 140 índios que estão abrigados no batalhão do Exército só serão levados de volta para a reserva quando a situação de conflito estiver controlada.


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