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domingo, 15 de dezembro de 2013

Saúde do Homem - by Jornal O Estado

Especialista tira dúvidas sobre câncer de próstata
“No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele”
[O Estado] – O que é o câncer de próstata? A doença tem cura?
[Vladimir Pinheiro de Oliveira] – A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino que produz e armazena parte do fluido seminal. O câncer de próstata é o crescimento desordenado de células que formam o tumor. O câncer de próstata é o tumor mais comum em homens com mais de 50 anos de idade. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 60 mil novos casos por ano de câncer de próstata. No entanto, é uma doença que tem cura sim. Como todo câncer, no câncer de próstata quanto mais precoce a detecção maior a chance do homem ser curado dessa enfermidade. Nos casos inicias o paciente tem até 95% de chance ser curado com o tratamento indicado pelo médico urologista.
[O Estado] – O senhor disse que a doença acomete principalmente homens acima de 50 anos. Existem outros fatores de risco? Quais são os principais sintomas do câncer de próstata?
[V.P.O] – Como já falei anteriormente, os homens acima de 50 anos formam um grupo de risco. O fato genético também contribui. Homens com histórico familiar de câncer de próstata apresentam risco mais alto de desenvolver a doença. Vale destacar que a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que a prevenção deve começar a partir dos 50 anos para quem não tem histórico familiar e aos 45 anos para quem tem esse histórico. Sobre os sintomas, o câncer de próstata não tem indicações específicas. Na verdade, os sinais se confundem com outras doenças. O homem pode ter dificuldade de urinar ou apresentar um quadro de sangramento urinário. Tudo isso pode se confundir com doenças benignas.
[O Estado] – E como é feito o diagnóstico e tratamento da doença?
[V.P.O] – O câncer de próstata pode ser diagnosticado a partir do exame chamado PSA em conjunto com o toque retal realizado pelo urologista, que pode detectar algumas alterações como um nódulo endurecido ou de consistência irregular. Caso sejam constatados aumento da glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se ele é maligno. O material colhido é encaminhado para o laboratório de patologia. Aí sim o diagnóstico definitivo é dado pelo patologista dentro do laboratório de análises patológicas. É um exame fundamental para o diagnóstico. Em linhas gerais, o tratamento vai depender do estágio da doença. Nos estágios iniciais são indicadas a prostatectomia radical (extirpação completa da próstata) e a radioterapia. Ainda na linha de tratamento tem o implante de sementes radioativas que é a braquiterapia e a hormonioterapia. O tratamento vai depender da idade do paciente, da mensuração do tumor e de como se encontra a doença.
[O Estado] – O senhor comentou que o exame realizado nos laboratórios de patologia é fundamental para o diagnóstico de câncer de próstata. Em Fortaleza, qual laboratório o senhor indicaria pela credibilidade a agilidade nos resultados?
[V.P.O] – Fortaleza tem bons laboratórios de patologia como o Pathus e o laboratório de patologia do Hospital do Câncer, além de outros. Todos são credenciados, bem equipados e com condições de dar um diagnóstico preciso.

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