Proposta do juiz Marco Aurélio Xavier foi feita em audiência nesta segunda.
Torcedora gremista foi flagrada gritando 'macaco' para goleiro santista.
Patrícia Moreira chega para audiência com seu
advogado (Foto: Lucas Rizzatti/G1)
Patrícia Moreira e mais três acusados de injúrias raciais contra o
goleiro Aranha, do Santos, em partida com o Grêmio em 28 de agosto,
aceitaram a proposta de suspensão condicional do processo, apresentada
pelo juiz Marco Aurélio Xavier, em audiência na manhã desta
segunda-feira, no Foro Central, em Porto Alegre.advogado (Foto: Lucas Rizzatti/G1)
Além de Patrícia, foram acusados Eder Braga, Fernando Ascal e Rodrigo Rychter. Os quatros terão de se apresentar à 2ª Delegacia de Pronto Atendimento de Porto Alegre uma hora antes de cada jogo oficial do Grêmio, com saída uma hora depois, durante dez meses - que já estão valendo desde medida cautelar pedida pelo Ministério Público, em outubro.
A medida, portanto, se estenderá até 29 de agosto. Nenhum dos quatro aceitou a outra proposta, de usar tornozeleira eletrônica em vez do comparecimento a uma delegacia. Ficou acordado também que, a partir de agora, o caso correrá em segredo de Justiça.
Patrícia chegou acompanhada do advogado Alexandre Rossatto por volta das 9h40, de óculos escuros e ainda mostrando abalo com a repercussão do caso que está prestes a completar três meses. Ela não falou com a imprensa.
Há quase 90 dias, Patrícia Moreira acabou tendo a maior exposição após ser flagrada por câmera do canal ESPN cantando "macaco". De acordo com o advogado Alexandre Rossato, ela segue reclusa, desempregada e sem residência fixa, além de manter tratamento psiquiátrico. A sua antiga casa, alvo de apedrejamento e tentativa de incêndio, foi alugada.
O incidente ocorreu aos 42 minutos do segundo tempo, da partida vencida pelo Santos diante do Grêmio por 2 a 0, em 28 de agosto, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena, quando Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alegando ter sido vítima de xingamentos por parte da torcida. O juiz mandou a partida seguir, mesmo sendo alertado por jogadores do Santos dos incidentes que ocorriam fora de campo.
Na esfera esportiva, o caso culminou com a eliminação do Grêmio da Copa do Brasil por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
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