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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

COTIDIANO - Parquímetros ainda dividem opiniões

APÓS TRÊS MESES

Enquanto uns elogiam a praticidade do sistema e a rotatividade gerada, outros não se adaptaram

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Já foram instalados dez equipamentos em Fortaleza, que monitoram 84 vagas no quadrilátero. Não há previsão de instalação de mais aparelhos
FOTO: JL ROSA
Após três meses em operação, os parquímetros instalados no bairro Aldeota ainda dividem a opinião dos usuários. Enquanto alguns elogiam a iniciativa, argumentando que agora têm mais facilidade para encontrar um local para estacionar, outros a criticam, alegando dificuldade na utilização do aparelho, que controla a utilização de vagas.
Foram instalados dez equipamentos, monitorando 84 vagas, no quadrilátero formado pelas avenidas Dom Luís, Santos Dumont, Desembargador Moreira e Virgílio Távora.
A instalação dos parquímetros faz parte do Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito de Fortaleza (Paitt). O sistema foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP) e conta com fiscalização e orientação da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC).
O empresário francês Stephan Alborni, proprietário de um salão de beleza na Rua Marcos Macedo, adaptou-se rapidamente ao novo modelo de estacionamento e defende a permanência dos parquímetros. "Todos os dias, eu utilizo esse sistema, acredito que é muito mais prático. Não tive problema para entender como funciona, pois, na Europa, isso existe há muito tempo", observa.
Opinião semelhante tem o comerciante Adalberto Targino, que faz os pagamentos por cada utilização através de um button, dispositivo que funciona como cartão pré-pago. "A rotatividade aumentou, as pessoas passaram a respeitar mais. Nos primeiros dias, comprei meu button, bastando recarregar uma vez por mês. Não preciso andar com dinheiro, e ainda posso recuperar os créditos que eu não utilizei", diz o comerciante.
O período máximo que um carro pode permanecer estacionado é de duas horas, sendo cobrado o valor de R$ 1,00. A máquina permite, entretanto, o pagamento fracionado, a partir de R$ 0,05, que equivale à utilização por seis minutos.
Após o tempo máximo, o motorista tem que retirar o carro da vaga e, caso necessário, procurar outra que esteja disponível para estacionar, a fim de garantir a rotatividade.
Além da reserva das vagas por meio da inserção de moedas, o pagamento pode ser feito por meio de buttons, tipo de chaveiro magnético que pode ser adquirido por R$ 10 e carregado em contêiner de Unidade de Apoio, localizado na Rua Marcos Macedo, próximo ao cruzamento com a Rua Barbosa de Freitas.
Apesar da experiência ser considerada positiva, nem todos conseguiram se adaptar ao sistema. O operador de caixa Vagner Gomes nem sabia da existência do sistema e acredita que poderia haver mais informações aos usuários próximo às vagas.
A enfermeira Conceição Almeida também teve problemas com o parquímetro. Ao encontrar um local para estacionar, ela não conseguiu registrar a vaga no aparelho, que estava sem funcionar. "Já tinha vindo aqui outra vez e também não consegui usar. O equipamento está quebrado e não tem lugar vendendo cartão da Zona Azul. Se a AMC passar por aqui, vai querer me multar. O jeito é ter que procurar outro ponto", lamenta.
O motorista que estacionar nas vagas rotativas sem pagar ou ultrapassar o período reservado comete uma infração de trânsito leve, tendo que pagar multa de R$ 53,20 e acumulando três pontos na carteira.
Balanço
De acordo com Lara Lima, arquiteta da SCSP, o balanço que a Prefeitura faz da utilização dos dez parquímetros já instalados é positiva, e os equipamentos vêm atendendo as expectativas. "Os usuários têm tido um acesso mais fácil ao crédito, mais rápido, uma vez que eles dependem apenas do equipamento para acessar a vaga, além de garantir uma maior rotatividade".
A arquiteta ressalta que o projeto é piloto e, por enquanto, não há previsão para a instalação de mais parquímetros na Capital. Ela explica, ainda, que no caso de problemas nos aparelhos, os usuários devem entrar em contato com a AMC por meio do número 190, que por sua vez contactará a empresa responsável pela tecnologia para que seja realizado a manutenção.
Bruno Mota
Repórter
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