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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

GIRO POLICIAL

Sete homens suspeitos de integrar uma organização criminosa foram presos com aproximadamente R$ 100 mil em armas de guerra, na madrugada desta quinta-feira, 25. O grupo articulava o apoio a uma fuga de dois detentos naPenitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba, (Região Metropolitana de Fortaleza). A operação prendeu suspeitos no Grande Jangurrusu (Fortaleza), Maracanaú e Pacatuba

A investigação dos policiais do 30º DP (São Cristóvão) também aponta que os suspeitos montaram um esquema de roubo e adulteração de veículos. O dinheiro desse comércio ilegal financiava a compra de armas e as ações criminosas, conforme o titular do 30º DP, Márcio Gutierrez.  Os dois chefes da organização seriam resgatados. 

"A gente estava investigando o grupo especializado em receptação e clonagem de veículos e descobrimos um plano de resgate. O plano de resgate deveria ter sido concretizado na madrugada de ontem, mas conseguimos prender os integrantes da organização", afirma o delegado. 

 Os veículos roubados que custavam R$ 50 e 60 mil eram vendidos para receptadores por três a quatro mil reais. O receptador que comprava o carro era responsável pela adulteração, que consistia em uma remarcação do chassi com base em outro veículo, a criação de um clone. 

A Polícia encontrou placas de veículos do Mato Grosso e do Interior do Ceará. Três carros foram apreendidos.

 Armas 

 Conforme Márcio Gutierrez, o armamento apreendido custa aproximadamente R$ 100 mil no mercado negro, sendo um fuzilcalibre 556, que é uma arma de guerra utilizada por organizações criminosas e direcionada a ações de roubo a banco e ataque a carro-forte. Também foram apreendidas duas carabinas, de uso restrito, com calibres.40 e 9 milímetros. Três espingardas calibre 12 e uma pistola .40. 

O fuzil 556 custa uma média de R$ 50 mil e as carabinas R$ 20 mil cada uma. O armamento foi encontrado na casa de uma mulher em Maracanaú. 

 Resgate
 

Para o resgate dos presos, os criminosos alugaram uma casa a 800 metros da Penitenciária da Pacatuba. Parte do grupo foi preso nesta residência e o delegado afirma que as armas seriam levadas de Maracanaú à Pacatuba. 

"A maioria se negou a contribuir com a Polícia e negaram os crimes, mas temos elementos e provas contra eles. Já está caracterizada a Organização Criminosa e a divisão de tarefas. Um guardava os ilícitos, outros responsáveis por adquirir Capital com a venda dos carros e outro por dar aparência de legalidade, que era a adulteração dos carros. Outro era responsável pela logística, alugar a casa aonde iriam se esconder, era tudo bem dividido", diz Gutierrez. 

O delegado informou que os presos estavam cavando um túnel por onde iam fugir e teriam o apoio dos que estavam de fora. Segundo a Secretária da Justiça e Cidadania (Sejus), a identidade dos detentos não será divulgada. Os dois internos foram transferidos para outra unidade da Sejus. O órgão confirma que foi encontrado um começo de escavação na vivência em que os homens estavam. 

 Presos
  
Foram presos Paulo Leandro Oliveira, 40, conhecido como Coroa ou Paulinho, natural do Pará, que responde por roubo, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo, Iranildo Gurgel Coelho ,44, o "Chicão", que responde na Justiça a 15 procedimentos policiais por roubo, roubo com restrição de liberdade da vitima, tráfico de drogas e receptação e estava com um mandado de prisão em aberto.

Ismario Wanderson Fernandes da Silva ,27, o Maguim, que já possui três antecedentes criminais por tráfico de drogas, crime de trânsito e receptação, além de Ivon Rainer Moreira de Sousa, 20, o Veloster, Elaine Maria Frazao, 21, Jessica Maria Matias de Castro 24, e Lídia da Silva, 18, todos sem antecedentes criminais. 

Todos foram encaminhados ao 30º Distrito Policial, onde foi autuado em flagrante por integrar organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, adulteração de sinal identificado de veiculo automotor e receptação.

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