Negociações estão interrompida
Falta definição: usuários do sistema de transporte coletivo ficam à mercê da empresários e trabalhadores
MIGUEL PORTELA
MIGUEL PORTELA
Estão interrompidas as negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado (Sintro) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus). A medida é em decorrência da não apresentação, por parte dos trabalhadores, da proposta de reajuste à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Ceará (SRTE-CE). A data limite era até ontem, segundo acordo feito na última reunião para negociação entre a categoria e o sindicato patronal, realizada na sexta-feira, dia 15.
Segundo o Sindiônibus, o Sintro ficou de manter contato para confirmar a reunião até as 8h de ontem. A assessoria de imprensa informou que a comissão de negociação aguardou o contato até 10h30, mas nenhum contato foi realizado.
De acordo coma ata da última reunião, caso o Sintro não apresentasse tal proposta de reajuste de até um dígito, o Sindiônibus poderia dar como frustrado o processo negocial, assim como todas as propostas negociadas durante o período. Além disso, ficou clara a proposta de dissídio coletivo.
A mediadora da SRTE, Jeritza Jucá, informou que até a sexta reunião, a qual ela esteve presente, o processo estava bem adiantado. "Das 45 cláusulas, só restavam 15 pendentes, e eram justamente às de caráter econômico, como reajuste, piso, cesta básica e entre outras", acrescentou Jucá.
Conforme a lei, hoje os trabalhadores estão desprotegidos quanto às conquistas e benefícios adquiridos em anos de negociações. Benefícios como vale-alimentação ou refeição e cesta básica só podem ser garantidos com a assinatura de um novo acordo ou decisão judicial.
A reportagem tentou entrar em contato com o Sintro, porém todos os números telefônicos (fixo e celular), não atendiam.
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