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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

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Antidepressivos na gravidez são perigosos para os bebês, diz estudo


  • Mulheres grávidas que tomavam antidepressivos do tipo ISRS tinham risco dobrado de ter crianças com hipertensão pulmonar persistente Mulheres grávidas que tomavam antidepressivos do tipo ISRS tinham risco dobrado de ter crianças com hipertensão pulmonar persistente
Tomar antidepressivos no fim da gravidez dobra o risco de nascer bebês com hipertensão pulmonar persistente, de acordo com um estudo realizado nos países do norte europeu e publicado nesta sexta-feira (13).
"Tomar antidepressivos do tipo ISRS (Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina) após a 20ª semana de gestação está associada a um risco dobrado de hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido", segundo as conclusões do estudo realizado pelo prestigiado Instituto Karolinska, em Estocolmo.
O número de recém-nascidos que sofrem desta doença é de 1,2 a cada mil, em média, acrescenta o instituto, salientando que a taxa de mortalidade em indivíduos nascidos com hipertensão pulmonar persistente é de 15%.
O estudo do Karolinska levou em conta 1,6 milhão de nascimentos entre 1996 e 2007 em cinco países do norte da Europa (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia). É o primeiro estudo representativo desta magnitude, que complementa a pesquisa Chambers, publicada em 2006 no New England Journal of Medicine.
Segundo o estudo, 11 mil mulheres que tomaram antidepressivos no final da gravidez deram à luz 33 crianças com hipertensão pulmonar.
"Os médicos que tratam pacientes grávidas contra a depressão devem tentar considerar uma abordagem não medicamentosa", adverte a responsável pelo estudo, Helle Kieler, em um comunicado.
Os antidepressivos ISRS são amplamente utilizados no tratamento da depressão e incluem vários tipos de princípios ativos, incluindo a fluoxetina, vendido sob o nome de Prozac.
O estudo constatou que os riscos são os mesmos para todos os princípios ativos estudados, ou seja, a fluoxetina, citalopram, sertralina, paroxetina e escitalopram.

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