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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Julgamento será na 2ª-feira

Uma das testemunhas vai ser a apresentadora de TV Sônia Abrão. O sequestro com morte foi em 2008
CROBSON FERNANDJES/AE
Uma das últimas imagens da estudante, ainda com vida

A promotora Daniela Hashimoto, que atuará no julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, marcado para começar na segunda-feira, em Santo André, na Grande São Paulo, divulgou ontem a lista das testemunhas convocadas.

Lindemberg será julgado pela morte da estudante Eloá Pimentel, no final de 2008, após mantê-la refém por cerca de 100 horas. Seis jornalistas foram chamados, entre eles a apresentadora da RedeTV!, Sônia Abrão, que entrevistou Lindemberg ao vivo enquanto Eloá era mantida em cárcere privado.

Também devem testemunhar policiais e peritos que atuaram no caso. O julgamento deve durar pelo menos três dias, caso todas as 19 testemunhas sejam ouvidas.

A defesa convocou 14 pessoas e a acusação, cinco. A defesa do jovem também pretende apresentar cerca de 16 horas de imagens veiculadas em programas de televisão sobre o caso.

Para a promotora, a fim de livrar o seu cliente, a defesa pretende “desviar o foco” e culpar a Polícia e a mídia pela morte de Eloá. No entanto, ela afirmou que as testemunhas que residem fora do município do julgamento não são obrigadas a comparecer.

O julgamento já estava marcado para fevereiro de 2011. Mas, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em novembro de 2010, anulou a fase de instrução e o processo voltou à fase inicial. Em agosto de 2011, a Justiça de Santo André confirmou que Lindemberg deveria ir a júri popular e, agora, foi agendada a nova data para o julgamento.

Como Eloá morreu
Inconformado com o fim do namoro de três anos, Lindemberg tomou como reféns a ex-namorada Eloá Pimentel e uma amiga dela, Nayara Rodrigues, ambas, na época, com 15 anos de idade. Por cinco dias, ele usou o apartamento da família da ex-namorada em Santo André como cativeiro. Nesse período, chegou a libertar Nayara, mas a menina, a pedido do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, voltou ao local e foi feita refém novamente.

A invasão do cativeiro pela Polícia foi malsucedida. A demora do Gate em romper a barricada armada pelo criminoso na entrada do imóvel permitiu que ele tivesse tempo de atirar contra as adolescentes, antes de ser dominado. Nayara sobreviveu. Eloá morreu com um tiro na cabeça e outro na virilha (das agências de notícias)


ENTENDA A NOTÍCIA

Típico caso de forte apelo televisivo, o caso Eloá teve repercussão até fora do Brasil, dado o trágico reality show em que se transformou. A forte comoção nacional, certamente, pesará no desfecho do julgamento do acusado. Mais um capítulo de grande interesse da imprensa

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