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quinta-feira, 31 de maio de 2012

ADEUS AO MÚSICO NELSON JACOBINA

Músico Nelson Jacobina é enterrado no Rio de Janeiro


DE SÃO PAULO




Os músicos Jorge Mautner (esq.) e Nelson Jacobina
Os músicos Jorge Mautner (esq.) e Nelson Jacobina


O músico carioca Nelson Jacobina, 58, foi enterrado na tarde desta quinta-feira (31) no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
Jacobina morreu às 6h40. Ele estava internado desde domingo (27) na UTI do hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo (RJ). Segundo o hospital, a morte foi em decorrência do câncer disseminado.
Ele havia reclamado de falta de ar depois de voltar de uma viagem de trabalho, já no Rio. Foi levado imediatamente ao hospital e internado com quadro de metástase (situação em que o câncer se espalha por mais órgãos).
Há 15 anos, o músico descobriu um tumor abaixo do queixo --e, depois da operação, foi dado como curado. A doença voltou há cinco anos e foi se alastrando e comprometeu todos os órgãos vitais, principalmente o pulmão.
Desde que a doença começou a complicar, amigos do músico se juntavam para ajudar nas altas despesas com os remédios.
Compositor e violonista, Jacobina era parceiro de Jorge Mautner desde os anos 1970. Compuseram juntos, entre muitas, as canções "Lágrimas Negras", gravada por Gal Costa, e "Maracatu Atômico", que ganhou registros famosos de Gilberto Gil e Chico Science & Nação Zumbi.
Desde o começo dos anos 2000, Jacobina atuava como músico na Orquestra Imperial. Mesmo muito doente, gravou, há cerca de um mês, o segundo álbum de estúdio da big band carioca.
Músico e amigo de Jacobina há mais de 40 anos, Jorge Mautner contou que, mesmo com fortes dores e à base de remédios, ele fez questão de tocar seu violão elétrico em seu último show do artista aconteceu no último sábado (26), em Jacareí (SP).
"Ninguém compreende a força dele. Ele se movimentava devagarzinho, mas na hora do palco ele renascia e parecia que estava tudo bem", disse Mautner, 71, parceiro de Jacobina em clássicos como "Maracatu Atômico" e "Lágrimas Negras".
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, emitiu nota de pesar sobre a morte de Jacobina, "um brilhante músico, arranjador e compositor". "Sua participação nos movimentos musicais inovadores a partir dos anos 70, com um violão que se adequava perfeitamente a arranjos ousados, fez dele um músico requisitadíssimo por vários artistas", diz a nota.





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