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sexta-feira, 18 de maio de 2012


Em Alagoas, população que sofre com a seca espera Canal do Sertão há 20 anos


Em 1992, o governo de Alagoas anunciou aos sertanejos que o sofrimento com as constantes estiagens seria amenizada com uma obra “revolucionária”. O chamado Canal do Sertão --uma pequena transposição do rio São Francisco-- pretendia levar água a 42 municípios, e assim “promover o desenvolvimento socioeconômico do sertão e agreste do Estado”, conforme consta em seu projeto inicial.
Placa alerta para risco de "afogamento" no Canal de sertão, em Pariconha (AL), que teve obras anunciadas há 20 anos, mas ainda está seco Beto Macário/UOL
 
Vinte anos após o anúncio da obra, a água ainda não chegou aos sertanejos, e os moradores sofrem com a pior seca das últimas décadas às margens do canal, que já tem parte construída, mas está completamente seco.
Segundo o site do Ministério da Integração Nacional, a obra teve início em 2002. Nesse período, a obra pouco avançou e sofreu com paralisações e denúncias de irregularidades. Com a demora, a obra foi inclusa no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, que prevê investimentos de R$ 591 milhões até 2014.
Segundo dados do governo do Estado, dos 250 km previstos inicialmente, 60 km estão construídos. Em nota, o governo afirma que a obra está “a todo vapor”, com 1.700 funcionários trabalhando. As obras estão no terceiro trecho, entre os kms 64,7 e 77,8. Os demais trechos, até o km 150, já estão licitados e serão construídos nos próximos anos, conforme o governo estadual.
Vinte anos após o anúncio da obra, a água ainda não chegou aos sertanejos, e os moradores sofrem com a pior seca das últimas décadas às margens do canal, que já tem parte construída, mas está completamente seco.

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