Em Alagoas, população que sofre com a seca espera Canal do Sertão há 20 anos
Em 1992, o governo de Alagoas anunciou aos sertanejos que o sofrimento com as constantes estiagens seria amenizada com uma obra “revolucionária”. O chamado Canal do Sertão --uma pequena transposição do rio São Francisco-- pretendia levar água a 42 municípios, e assim “promover o desenvolvimento socioeconômico do sertão e agreste do Estado”, conforme consta em seu projeto inicial.Segundo o site do Ministério da Integração Nacional, a obra teve início em 2002. Nesse período, a obra pouco avançou e sofreu com paralisações e denúncias de irregularidades. Com a demora, a obra foi inclusa no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, que prevê investimentos de R$ 591 milhões até 2014.
Segundo dados do governo do Estado, dos 250 km previstos inicialmente, 60 km estão construídos. Em nota, o governo afirma que a obra está “a todo vapor”, com 1.700 funcionários trabalhando. As obras estão no terceiro trecho, entre os kms 64,7 e 77,8. Os demais trechos, até o km 150, já estão licitados e serão construídos nos próximos anos, conforme o governo estadual.
Vinte anos após o anúncio da obra, a água ainda não chegou aos sertanejos, e os moradores sofrem com a pior seca das últimas décadas às margens do canal, que já tem parte construída, mas está completamente seco.
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