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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

CIÊNCIAS

Maias decapitavam e esquartejavam mortos antes de enterrar, sugere pesquisa

Do UOL, em São Paulo

Cerca de 24 corpos, todos sem cabeça (com o crânio e mandíbula separados), foram encontrados em um cemitério Maia de aproximadamente 1400 anos. Arqueólogos acreditam que o povo decapitava e esquartejava seus prisioneiros Nicolaus Seefeld/Universidade de Bonn
Um cemitério achado por arqueólogos no México sugere que povos da civilização maia tinham o hábito de decapitar e esquartejar seus prisioneiros. A área, com idade aproximada de 1400 anos, fica localizada próximo à cidade de Campeche, no leste mexicano, e guardava 24 corpos, todos encontrados sem cabeça.
A descoberta é de autoria de pesquisadores da Universidade de Bonn, na Alemanha, que estudaram a região durante cinco anos.
Os maias viveram em partes do México e da América Central entre 1800 a.C e 1500 d.C e impressionam historiadores pelo caráter avançado de sua civilização, pioneira em escrita, matemática e astronomia.
Os corpos achados no cemitério estavam cobertos por argila e mantiveram-se muito bem preservados, o que permitiu aos pesquisadores determinar a idade de alguns dos cadáveres, que tinham entre 18 e 42 anos quando foram mortos.
O fato de alguns dos corpos apresentarem dentes incrustados por pedra jade aponta, ainda segundo os pesquisadores, que se tratavam de pessoas importantes à época. Acredita-se que o cemitério guardasse os corpos de prisioneiros de guerras.
"Encontrar um cemitério maia dessa proporção é um achado extremamente raro", disse ao site Huffington Post o arqueólogo Nicolaus Seefeld. Segundo ele, não há como precisar o que levava à mutilação dos corpos encontrados, mas há a certeza de que os atos foram realizados nos cadáveres. "Sinais de marcas nas colunas vertebrais não deixam dúvidas quanto à decapitação dos corpos."
Nikolai Grube, outro arqueólogo envolvido na expedição ao México, aponta as possíveis razões para a decapitação dos prisioneiros. "O assassinato e mutilação das vítimas pode ter sido tanto um ritual performado para a comunidade como um cruel ato de extermínio. É possível ainda que os corpos achados fizessem parte de uma família e que o massacre tenha sido realizado em uma área central do povoado e exibido como uma espécie de manifestação política', afirmou.

Descoberta grande cidade Maia de 600 d.C. no México12 fotos

Arqueólogos descobriram uma grande cidade maia que, ao longo dos séculos, permaneceu escondida na selva da Reserva da Biosfera do norte de Calakmul. De acordo com o pesquisador chefe, a cidade faz parte de uma área de mais de 3.000 quilômetros quadrados, localizados entre o Rio Bec e Chenes, uma área que tem se mantido como um "branco total no mapa arqueológico da civilização maia". Na imagem, a estela 18, no Complexo Sudeste, que data de 600 anos a 900 anos d.C. Mauricio Marat/INAH

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