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quarta-feira, 3 de abril de 2013

VIDA SAUDÁVEL - MULHER

Consumo de nozes diminui risco de diabetes tipo 2 em mulheres

Porção de 28g pelo menos duas vezes na semana pode reduzir em até 24% chances da doença

Por Minha Vida -


 Um estudo norte-americano, realizado pela Universidade de Harvard e publicado na última segunda-feira (1) pelo periódico "Journal of Nutrition" constatou que incluir nozes no cardápio pode reduzir significativamente a incidência de diabetes tipo 2 em mulheres. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após avaliar os hábitos alimentares de cerca de 140.000 enfermeiras norte-americanas durante um período de dez anos.

 As mulheres que ingeriram uma porção de 28 gramas de nozes de duas a três vezes por semana apresentaram risco 24% menor de desenvolver a doença. Aquelas que consumiram a mesma porção de uma a três vezes por mês tiveram diminuição de 4%, enquanto o consumo feito uma vez por semana reduziu o índice em 13%.

 Segundo os pesquisadores, ao contrário de outras oleaginosas, como castanhas e pistache, que normalmente contêm elevada quantidade de gordura monoinsaturada, as nozes são ricas, principalmente, em ácidos graxos poli-insaturados, substâncias que podem influenciar de forma favorável a resistência à insulina e o risco menor ao diabetes tipo 2. As nozes também são as oleoginosas que apresentam quantidades significativas de ácido alfa-linolénico (ALA), um tipo da gordura ômega-3. (1 porção de 28 gramas tem 2,5g de ALA).

 Os ácidos graxos ômega-3 possuem propriedades anti-inflamatórias, antitrombóticas, antirreumáticas e reduzem a concentração dos lipídeos do sangue, favorecendo a vasodilatação. O ômega-3 é capaz de evitar a formação das placas de gordura na parede das artérias e garantir a flexibilidade dos vasos sanguíneos, afastando o risco de doenças como infarto, hipertensão, aterosclerose e derrames. Além disso, esses ácidos graxos modificam a composição química do sangue, provocando o aumento dos níveis do HDL (colesterol bom) e a diminuição dos níveis de LDL (colesterol ruim). Ele também consegue reduzir os níveis de triglicerídeos do sangue. "O organismo também utiliza o ômega-3 para produzir prostaglandinas, substâncias químicas que têm participação em muitos processos, inclusive no combate às inflamações dos vasos sanguíneos", explica a nutricionista Fabiana Honda.

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