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Número de mortos em duas semanas de combates chegou a 170, segundo fontes médicas; sete morreram só nesta terça
O número de mortos em duas semanas de combates de
rua entre forças pró-governo e grupos armados islâmicos na cidade
oriental de Benghazi subiu para 170, segundo fontes médicas. Sete
pessoas foram mortas só nesta terça-feira e 15 no dia anterior.
Leia mais:Grupo armado de Trípoli autoproclama novo governo na LíbiaO país norte-africano tem dois governos e parlamentos desde que um grupo de milícia da cidade ocidental de Misrata tomou em agosto a capital, Trípoli, e criou seu próprio gabinete e assembleia.
O governo internacionalmente reconhecido do primeiro-ministro líbio, Abdullah al-Thinni, teve de se mudar para um local 1.000 quilômetros a leste, onde a eleita Câmara dos Deputados está trabalhando agora, efetivamente dividindo a grande nação desértica.
No mês passado, o enviado especial da ONU ao país,
Bernadino Leon, lançou uma iniciativa para reunir os dois lados para um
diálogo e um cessar-fogo. Mas os confrontos pioraram nas duas últimas
semanas em Benghazi, bem como no oeste da Líbia.
"Acho que este país está correndo contra o tempo. O perigo para o país é que, nas últimas semanas, estamos ficando muito perto de um ponto sem volta", Leon disse a repórteres em uma entrevista coletiva televisionada.
Potências ocidentais temem que o produtor de petróleo esteja caminhando para uma guerra civil. As autoridades são fracas demais para controlar os ex-rebeldes que ajudaram a derrubar Muammar Gaddafi em 2011, mas que agora desafiam a autoridade do Estado para tomar o poder e obter parte das receitas do petróleo.
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