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sábado, 17 de março de 2012

CURIOSIDADES

O pé de graviola gosta do calor e frutifica o ano todo; saiba como cuidar da planta

           Simone Sayegh
           Do UOL, em São Paulo
           Ryozuke Kavati / Acervo pessoal
É difícil encontrar quem já tenha comido graviola (Annona muricata) ao natural, já que no Brasil essa fruta tropical muitas vezes ácida destina-se fundamentalmente a produção de polpa para indústria de sorvetes, sucos e doces. Apesar disso, a gravioleira é uma planta típica de nosso clima, sendo que a Venezuela é o maior produtor sul americano da fruta. No Brasil pode ser encontrada no sul da Bahia, na mesma área onde se planta cacau, e em algumas regiões do estado de São Paulo.
De acordo com o engenheiro agrônomo Ryozuke Kavati, da CATI- SP (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo), em Lins, a árvore da graviola apresenta porte médio, mas pode atingir mais de 5 m de altura e ter uma copa com diâmetro de dimensões semelhantes. Por isso, em sua fase adulta necessita de uma área disponível de cerca de 25 m2.
Seu fruto é em formato de ovo, esverdeado e com pequenos espinhos. A folha da graviola é verde brilhante na face superior e opaca na inferior, e suas flores são grandes com formato de globo, e podem nascer de ramos jovens ou velhos. Outras espécies próximas da graviola, especialmente a falsa-graviola ou araticum (Annona montana), normalmente são confundidas e comercializadas como gravioleira, mas produzem frutas pouco saborosas.

        A intimidade da gravioleira

  • Ryozuke Kavati / Acervo pessoal
Segundo engenheiro agrônomo Ryozuke Kavati, embora seja uma árvore hermafrodita, a fecundação da gravioleira acontece por meio da polinização. “As estruturas masculinas e femininas de sua flor amadurecem em períodos diferentes.”, explica. Os insetos polinizadores, normalmente pequenos besouros, saem de uma flor recobertos de grãos de pólen e são atraídos para flores em início de abertura, quando as estruturas femininas estão receptivas. Lá eles se abrigam e acabam transferindo o pólen para essas estruturas. Após a polinização, as frutas levam de 150 a 180 dias para atingir o ponto de consumo, dependendo da temperatura. Variam de tamanho (podem pesar de 1kg a 8 kg), e de sabor: a polpa pode ser bastante ácida ou adocicada. As ácidas servem para a indústria de sucos e sorvetes; e as doces podem ser consumidas in natura.

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