Total de visualizações de página

terça-feira, 21 de maio de 2013

IMPRENSA DE LUTO

Ruy Mesquita, diretor de "O Estado de S. Paulo", morre aos 88 anos

Do UOL, em São Paulo


  • 11.mai.2006 - Caio Guatelli/Folhapress
    O diretor do jornal O Estado de S. Paulo, Ruy Mesquita, morreu aos 88 anos em virtude de um câncer O diretor do jornal O Estado de S. Paulo, Ruy Mesquita, morreu aos 88 anos em virtude de um câncer
O jornalista Ruy Mesquita, diretor de "O Estado de S. Paulo", morreu nesta terça-feira, às 20h40, em São Paulo. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês desde 25 de abril, após ser diagnosticado um câncer na base da língua, segundo informações do jornal.
Ruy Mesquita foi o responsável pela seção de opinião do Estadão desde a morte do irmão Julio de Mesquita Neto, em 1996. De acordo com o jornal, o jornalista manteve sua rotina de trabalho até a véspera da internação, se reunindo com os editorialistas para definir as "Notas & Informações" da página 3 do jornal.

O jornal afirma ainda que Ruy mantinha hábitos reclusos, dividindo o tempo entre o jornal e a casa, onde se dedicava a leituras.
O jornalista deixa a mulher Laura Maria Sampaio Lara Mesquita, os filhos Ruy, Fernão, Rodrigo e João, 12 netos e um bisneto.
Em nota oficial, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que "Ruy Mesquita foi um homem de convicções". "Diretor do jornal 'O Estado de S. Paulo', criador do inovador Jornal da Tarde, Doutor Ruy – como era conhecido – foi símbolo de uma geração da imprensa brasileira.   Neste momento de dor, presto a minha solidariedade à família e amigos", afirmou a presidente, no texto.

Biografia

Nascido em São Paulo em 16 de abril de 1925, Ruy era neto de Julio de Mesquita, um dos primeiros jornalistas do Estadão, que posteriormente virou proprietário do jornal. O pai de Ruy, Julio de Mesquita Filho, ocupou a posição do pai após a morte dele.
Ruy Mesquita iniciou o jornalismo como repórter em 1948. Desde então ele ocupou os cargos de redator, editor de Internacional e diretor do Jornal da Tarde, que foi fundado 1966 e extinto no ano passado. Em 1996, após a morte do irmão Julio de Mesquita Neto, Ruy assumiu a direção da publicação.
Segundo o Estadão, Ruy "reuniu-se com militares antes do golpe de 1964, que apoiou, em nome da defesa da democracia, mas, assim como seu pai e seu irmão, também passou a criticar a ditadura, uma vez instalada".
Durante a ditadura militar (1964 a 1985) o Estado foi alvo de censura prévia. Para desafiar o regime, Ruy, junto com o pai e o irmão, decidiu que o periódico deveria publicar poesias, como "Os Lusíadas", de Camões, e receitas de bolos e doces no espaço dos textos censurados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário