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terça-feira, 14 de maio de 2013

SAÚDE DO HOMEM

Estudo questiona eficácia de exame de sangue contra câncer de próstata

Autoridade da França descartou teste até para indivíduos 'de risco'.
Exame tem alto risco de falsos positivos, segundo pesquisadores.

Da EFE

A eficácia de um exame de sangue usado para diagnosticar o câncer de próstata, foi posta em dúvida por um estudo divulgado  pela Alta Autoridade de Saúde da França (HAS, na sigla em francês). A prova do antígeno prostático (PSA, na sigla em inglês) geralmente é acompanhada pelo exame de toque retal.

A confiabilidade deste teste, considerado até a primeira década deste século um bom indicador para medir a evolução da doença, sofreu seu primeiro revés em 2010, quando a HAS anunciou que ele carecia de eficiência, quando aplicado à população masculina em geral.
Agora, a entidade a descartou o exame de sangue inclusive para os indivíduos "de risco". Apesar de conhecer alguns fatores de perigo -- idade, antecedentes familiares e exposição a certos agentes químicos --, a medicina ainda não sabe ao certo o peso que cada um deles tem no desenvolvimento da doença.
Por outra parte, a HAS constatou que, até o momento, não está provado que as pessoas com maior risco de contrair a doença, de evolução lenta, a desenvolvam de forma mais grave ou com maior rapidez, por isso o diagnóstico antecipado também não seria útil.
Finalmente, segundo os responsáveis pelo estudo, os pacientes que se submetem a este exame estão suscetíveis a dar "falsos positivos", o que representa "riscos secundários", tanto de tipo físico, derivados da consequente biópsia para determinar se há câncer, como de tipo psicológico e sexual.
A HAS concluiu que os homens que se submetem o teste deveriam fazê-lo "com conhecimento de causa", sabendo que "este exame em algumas ocasiões termina em operações ou irradiações inúteis com duras consequências para a sexualidade e a continência de homens que ainda são jovens e ativos".

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