Operação deflagrada, ontem, pela Polícia Federal (PF), investiga fraude milionária na Caixa Econômica Federal (CEF). Na ação, foram presas 13 pessoas, entre empresários, contadores e servidores do banco, incluindo dois gerentes. A PF estima que o esquema de empréstimos fraudulentos provocou prejuízo superior a R$ 50 milhões aos cofres públicos.
Com o objetivo de identificar a conduta de integrantes de uma organização criminosa voltada à prática de fraudes contra a CEF, a Operação Caixa Preta cumpriu 38 mandados expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal, sendo 15 de prisão temporária e 23 de busca e apreensão.
O grupo criminoso, apontou a PF, é formado por empregados públicos do banco, empresários, contadores, e pessoas físicas que figuram como sócios “laranjas” de empresas de fachada, criadas para obtenção de empréstimos fraudulentos ou destinatárias dos recursos. De acordo com as investigações, as fraudes ocorreram nas agências Náutico e Francisco Sá.
O grupo criminoso, apontou a PF, é formado por empregados públicos do banco, empresários, contadores, e pessoas físicas que figuram como sócios “laranjas” de empresas de fachada, criadas para obtenção de empréstimos fraudulentos ou destinatárias dos recursos. De acordo com as investigações, as fraudes ocorreram nas agências Náutico e Francisco Sá.
Esquema
As investigações apontam que a organização criminosa agia inicialmente aliciando pessoas para integrar o quadro societário de empresas de fachada. Na sequência, o grupo ocupava-se da elaboração da documentação falsa para instruir os pedidos de empréstimo.
As investigações apontam que a organização criminosa agia inicialmente aliciando pessoas para integrar o quadro societário de empresas de fachada. Na sequência, o grupo ocupava-se da elaboração da documentação falsa para instruir os pedidos de empréstimo.
Segundo Wellington Santiago (foto acima), delegado de Combate ao Crime Organizado da PF, as investigações fazem parte de um apanhando realizado pelo auditoria interna do banco, que identificou uma série de desvios em contratos de empréstimos, agraciando vários núcleos empresariais de Fortaleza. “Lamentavelmente, as evidências indicam a participação de empregados da Caixa, inclusive alguns gerentes, que atuaram no sentido de romper qualquer obstáculo à concessão desses empréstimos”, afirmou o delegado.
A investigação iniciou em junho de 2014, a partir da auditoria interna da Caixa, que identificou 14 contratos de renegociação fraudulentos. Conforme o delegado Gilson Mapurunga, coordenador do Grupo de Repressão de Crimes Cibernéticos da PF, a auditoria constatou que esses empréstimos foram concedidos sem os contratos de origem existentes. “A partir desses 14 documentos, chegamos ao número de 409 operações de crédito fraudulentas, um volume de fraude superior a R$ 50 milhões”, relatou Mapurunga.
A investigação iniciou em junho de 2014, a partir da auditoria interna da Caixa, que identificou 14 contratos de renegociação fraudulentos. Conforme o delegado Gilson Mapurunga, coordenador do Grupo de Repressão de Crimes Cibernéticos da PF, a auditoria constatou que esses empréstimos foram concedidos sem os contratos de origem existentes. “A partir desses 14 documentos, chegamos ao número de 409 operações de crédito fraudulentas, um volume de fraude superior a R$ 50 milhões”, relatou Mapurunga.
O modus operandi, detalhou o delegado, consistia no aliciamento de pessoas para integrar quadro societário de empresas de fachada. Na sequência, esse grupo ocupava-se da falsificação da documentação, desde faturamento, rendimento dos próprios sócios, até endereços. A maioria das empresas não existia de fato. Segundo Mapurunga, com a colaboração de alguns contadores, a documentação era enviada à Caixa Econômica, onde os servidores já cooptados, inclusive gerentes, facilitavam a concessão de empréstimos.
“Esses servidores ignoravam as normas básicas do banco. Não analisavam as garantias nem a documentação e, por fim, concediam esses empréstimos. Conseguindo o empréstimo, os valores, em ação típica de lavagem de capitais, eram imediatamente sacados ou transferidos para outras empresas, que na maioria das vezes não existia além do papel. Em alguns casos, o dinheiro era utilizado para viabilizar o pagamento de prestações menores. Com isso, essas empresas de fachada conseguiam empréstimos maiores. Um dos empréstimos identificados chegou a quase R$ 5 milhões”, explicou o delegado.
“Esses servidores ignoravam as normas básicas do banco. Não analisavam as garantias nem a documentação e, por fim, concediam esses empréstimos. Conseguindo o empréstimo, os valores, em ação típica de lavagem de capitais, eram imediatamente sacados ou transferidos para outras empresas, que na maioria das vezes não existia além do papel. Em alguns casos, o dinheiro era utilizado para viabilizar o pagamento de prestações menores. Com isso, essas empresas de fachada conseguiam empréstimos maiores. Um dos empréstimos identificados chegou a quase R$ 5 milhões”, explicou o delegado.
Saiba mais
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, corrupções ativa e passiva, crime financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo a Caixa Econômica Federal, os gerentes presos na Operação Caixa Preta foram demitidos. Dos 15 mandados de prisão temporária, dois não foram cumpridos. Uma das buscas foi realizada em Recife, onde está sediada uma das investigadas.
O nome “Operação Caixa Preta” é alusivo ao trabalho desenvolvido pela auditoria da Caixa que, por meio do monitoramento e controle da regularidade dos contratos de empréstimos existentes, constatou fraudes em diversas operações de créditos relacionadas à mesma organização criminosa.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, corrupções ativa e passiva, crime financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo a Caixa Econômica Federal, os gerentes presos na Operação Caixa Preta foram demitidos. Dos 15 mandados de prisão temporária, dois não foram cumpridos. Uma das buscas foi realizada em Recife, onde está sediada uma das investigadas.
O nome “Operação Caixa Preta” é alusivo ao trabalho desenvolvido pela auditoria da Caixa que, por meio do monitoramento e controle da regularidade dos contratos de empréstimos existentes, constatou fraudes em diversas operações de créditos relacionadas à mesma organização criminosa.
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