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quarta-feira, 22 de junho de 2016

PELO CEARÁ -Racionamento poderá começar em julho.

A redução na pressão da água fornecida para Fortaleza e Região Metropolitana deverá durar até, pelo menos, março de 2017. Até lá, serão dias alternados com vazões baixas e, em bairros mais críticos, intervenções como poços e chafarizes. A Capital será divida em dois lados, cada um deles fracionado em setores. O objetivo: fazer com que o consumo seja reduzido em mais 10%, totalizando 20%. O racionamento poderá começar em julho.

"Sempre temos possibilidade de aporte em janeiro e fevereiro. Se tiver um aporte bom, a gente já pode arrefecer um pouco a restrição em fevereiro. Mas o horizonte é março, quando há um aporte maior", afirmou o titular da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado (SRH), Francisco Teixeira. A expectativa mais positiva é de que, em março, os açudes Castanhão e Orós somem 400 milhões de metros cúbicos de água.

Conforme o secretário, com a sobretaxa na conta (aplicada a partir de outubro de 2015), a Cagece exibiu uma redução de apenas 3% no consumo. "Mas nós conseguimos 10% de outra forma, controlando os reservatórios da bacia metropolitana", explicou. O controle das comportas dos túneis que interligam os açudes Pacoti, Riachão e Gavião permitiu a diminuição da entrega de água à Cagece."Agora queremos economizar mais 10", frisou.

AJUDA FEDERAL

Um total de R$ 48 milhões está sendo esperado para implantação de 200 km de adutoras de montagem rápida no Ceará, prometidos pela presidente afastada Dilma Rousseff. "Há necessidade de uma medida provisória que está sendo discutida pelo novo governo, que ainda está se adaptando, tentando entender melhor essa parte de seca, da emergência", avaliou Teixeira.

INDÚSTRIA E AGRICULTURA

O titular da SRH destacou que houve uma redução significativa na agricultura cearense, o que representa 70% da demanda de Fortaleza. "Em 2015, houve redução na vazão de 20 metros cúbicos por segundo para 15 metros cúbicos. Em 1º de janeiro deste ano, baixou de 15 para 5. Chegamos ao limite de restrição para a agricultura irrigada", avaliou.

A indústria, conforme Teixeira, também exibe altos percentuais de redução, principalmente com o reuso da água. 

SAIBA MAIS

- Esse é o quinto ano de seca no Ceará
- Em 2016, a seca foi mais severa do que em 2015
- A Cacege ainda não apresentou o plano de contingência. A data prevista para conclusão é 30 de junho.  

NÚMEROS

Em 2015, foram perfurados 1.150 poços, feitos 200 km de adutoras de montagem rápida
Em 2016, já são 700 poços e 130 dessalinizadores
 
 
 
Redação O POVO Online 

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