Pensador e filósofo italiano morreu na última sexta-feira (19), aos 84 anos.
Umberto Eco é reconhecido por levar a filosofia para a cultura de massa.
Morreu, na noite desta sexta-feira, o escritor, pensador e filósofo italiano Umberto Eco. Eco era uma das figuras mais relevantes da cultura mundial dos últimos 50 anos. A causa da morte não foi divulgada, mas segundo a agência France Presse, ele tinha câncer.
Umberto Eco era muito mais popular do que se imagina, ainda que fosse um dos estudiosos mais eruditos do mundo. Na sua longa existência, de 84 anos, Umberto Eco leu e se interessou por tudo que fosse escrito ou falado. A ele é reconhecida a conquista de ter trazido a filosofia para a cultura de massa.
Eco foi escritor, filólogo, jornalista, ensaísta, filósofo, historiador, professor e crítico de grande ironia. "O Nome da Rosa", de 1980, foi um sucesso mundial e ao mesmo tempo representou a sua condenação. Porque a cada livro que escrevia, dele era exigido um novo "O Nome da Rosa".
Considerado um dos analistas mais lúcidos da história contemporânea, foi a Idade Média que ele amou verdadeiramente. A ela Umberto Eco dedicou décadas do seu tempo, analisando símbolos, textos e livros raros, os quais colecionava.
No seu último livro, “Número Zero”, ambientado na Itália dos anos de 1990 e em uma redação de jornal, Eco tratou dos complôs reais da política italiana. Para jornais e revistas, escreveu artigos antológicos sobre os políticos, desde o pós-guerra, a Silvio Berlusconi e ao Bunga-Bunga.
Grande comunicador, ultimamente abriu fogo contra as redes sociais, ao afirmar que dão voz a uma legião de imbecis. "Quem não lê quando chegar a 70 anos, terá vivido só uma vida. Quem lê terá vivido cinco mil anos”, disse Umberto Eco.
Depois de publicar as suas obras durante anos em uma grande editora italiana, tinha acabado de fundar um pequeno selo: a Nave de Teseo. Entre tantas homenagens pela internet, uma singela, da equipe da sua nova aventura: “Adeus Grande Capitão”.
Umberto Eco deixa um novo livro, com o título em italiano “Papa Satam Alepe - crônicas de uma sociedade liquida”, que será lançado em maio pela sua pequena editora.
A morte de um dos maiores intelectuais da história da Itália comoveu o país. O presidente da república, Sergio Matarella, disse sentir uma imensa dor. O primeiro ministro Matteo Renzi declarou que Eco unia uma inteligência única do passado a uma incansável capacidade de antecipar o futuro.
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