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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

GIRO ECONÔMICO

Como negociar dívidas e sair do aperto financeiro

Negociar dívidas é um processo que pode ser simples ou complexo, rápido ou demorado. Mas a negociação tem que ser buscada sempre e ao primeiro sinal de que não vai mais conseguir pagarArtumira Dutraartumira@opovo.com.br
Quando a dívida não cabe mais no bolso é preciso parar, se organizar e buscar a negociação com os credores. Há várias formas de negociar o pagamento e escapar ou sair do rol de inadimplentes. É possível reduzir prestações, obter juros menores e até pedir um desconto no caso de quitação à vista. Mas é preciso saber negociar e entender que esse é um processo que pode ser simples ou complexo, rápido ou demorado. Especialistas falam sobre a situação, orientam e fazem algumas recomendações. Lembram que o atual momento é propício a bons acordos e os consumidores que se utilizarem do dinheiro extra do 13º salário, da restituição do Imposto de Renda (IR) ou de férias terão maior poder de barganha. 
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A economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim, diz que primeiramente, orienta que o consumidor avalie a capacidade de pagamento, reveja os gastos e ajuste o orçamento doméstico e familiar com redução dos gastos. Além disso, deve avaliar o quanto poderá dispor para assumir a renegociação.

Para saber por onde começar Ione Amorim diz que, inicialmente, o consumidor deve priorizar o pagamento de dívidas não bancárias que comprometem as condições de sobrevivência, como serviços básicos de água, energia elétrica, gás, condomínio, aluguel ou prestação de imóvel. Adianta que no caso das dívidas bancárias, é importante avaliar aquelas que possuem a taxa de juros mais elevadas, como cartão de crédito rotativo e limite de cheque especial. “Se possuir dívidas como empréstimos, cartões ou cheque especial no mesmo banco, o consumidor deve solicitar as propostas para avaliar um refinanciamento único do saldo com taxa menor e mais prazo, sempre lembrando de assumir o valor que poderá pagar”, completa.

Segundo a economista do Idec, as dívidas com crédito consignado são as mais difíceis de renegociar, por ter taxa de juros mais baixas e o desconto em folha. “Como não entram em atraso, os bancos são mais resistentes, portanto, antes de assumir um compromisso que irá retirar recursos diretamente do salário, avalie os riscos”. Ione Amorim aconselha aos consumidores que possuem dívidas em vários bancos e empresas e não se sentem seguros para renegociar, a procurar ajuda do Procon ou da Defensoria Pública da sua cidade e solicite ajuda.

O professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pesquisador da área de finanças pessoais, Érico Veras Marques, ressalta que antes de negociar é preciso saber quando pode dispor para pagar a dívida. E se não tem orçamento deve fazê-lo imediatamente. Explica que se não seguir essas orientações com certeza vai fazer um acordo e voltar a ficar inadimplente.
 
Condições
Para Érico Marques é preciso negociar primeiro as dívidas que ele tem condições de pagar. “Aquelas dívidas que se tornaram impagáveis, como a do cartão de crédito que começou com R$ 2 mil e agora já chegou a R$20 mil, devem ser deixadas para o final”, explica. Tomada essa decisão a pessoa vai mudar o perfil do débito para que fique mais barato e mais longo.

Dicas 

PARA SE LIVRAR DAS DÍVIDAS

1. Identifique todas as suas dívidas
 
2. Tendo recursos aplicados resgate os mesmos para  usar nestes pagamentos mesmo que sejam parciais

3. Tendo bens se desfaça deles para fazer dinheiro e pagar estas dívidas
 
4. Analise sua capacidade de pagamento para propor acordo a seus credores (qual o valor mensal que posso dispor?)
 
5. Estabeleça prioridades (quais despesas devo pagar ou renegociar primeiro (as mais caras e as que geram penalidades como condomínio, luz, água, telefone)

6. Se for possível peça um empréstimo mais barato para liquidar as dívidas mais caras
 
7. Não sendo possível renegocie com seus credores condições de pagamento que possa cumprir
 
8. É importante propor algo que consiga cumprir para não ficar novamente inadimplente após algum tempo. Isto desacredita você
 
9. O ideal é negociar antes de entrar nas listas de proteção ao crédito. Entretanto, só deve fazer isto caso a condição desta renegociação seja boa para você como prestações baixas e reduções dos juros. Caso contrário, não aceite a renegociação pois inevitavelmente não vai conseguir cumprir

Fonte: Anefac.

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