Naquele tempo, disse Jesus: 31“Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? 32São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!’
33Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: ‘Ele está com um demônio!’ 34Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores!’ 35Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
REFLEXÃO
Aquilo que São Paulo está, hoje, recomendando a Timóteo, em sua carta, é como devemos proceder na casa de Deus, e isso está totalmente ligado ao Evangelho de hoje, que nos fala da frieza e da indiferença daqueles que não ligaram para a manifestação da glória e da presença do Senhor no meio de nós. O Evangelho diz: “Veio João Batista, que não comia nem bebia, e foi visto por muitos como um demônio. Veio o Filho do Homem, que comia e bebia, e foi tido como um comilão, beberrão e assim por diante. Ou vocês são como crianças que tocam flautas nas praças e ninguém liga” (cf. Lc 7,31-35).
Grande é o mistério da graça de Deus manifestada no meio de nós. Uma vez manifestado, não podemos tocar nesse mistério como uma coisa qualquer nem deixar que a apatia, a frieza, a indiferença e o pouco caso tomem conta de nós.
Vivemos num mundo frio e relativista em relação às coisas sagradas e divinas, em relação à manifestação de Deus no meio de nós. Como deveríamos tremer diante da presença de Deus! Como o nosso comportamento, ao entrar numa igreja, numa capela, ao nos colocarmos na presença do Senhor, deveria ser diferente! Deveríamos estar inteiros tomados pela presença d’Ele em nosso meio.
Se formos frios e indiferentes para com a presença do Sagrado e do Divino, não seremos tocados pela graça. Por isso, é de se imaginar que a graça de Deus esteja longe e indiferente de nós, porque somos nós quem nos tornamos, muitas vezes, frios e indiferentes à manifestação da graça e da glória d’Ele. Como nós precisamos nos compenetrar na vida de oração, na vida mística, na contemplação e busca do Sagrado!
Não podemos fazer as coisas de Deus de qualquer jeito, não podemos transformar a nossa relação com Ele numa coisa rotineira, comum ou tratá-la de qualquer jeito, mais ou menos, quando der.
O Espírito não se compenetra da graça, e a graça do Espírito não penetra em nós pela nossa frieza e pela nossa indiferença. É preciso recuperar o gosto, assumir o Sagrado dentro do nosso coração, para que Ele manifeste a Sua glória, o Seu poder, a ação divina no meio de nós. Em outras palavras, é deixar-se consumir e ser tomado pela presença do Senhor.
Não vá de qualquer jeito para a igreja, não se comporte de qualquer jeito, não coloque outras coisas que o distraem e roubam sua atenção e coração da presença de Deus. Se formos inteiros para Deus, Ele será inteiro em nossa vida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário