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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

GIRO INTERNACIONAL

Juntos há 73 anos, casal é afastado por asilo e deve passar primeiro Natal separado

Herbert Goodine, de 91 anos, foi transferido do local em que vivia com Audrey, de 89, para unidade em que terá cuidados mais avançados

Audrey e Herbert disseram adeus pela primeira vez em 73 anos.
Um casal de idosos canadense recebeu a notícia que terão de passar o Natal longe um do outro pela primeira vez em sete décadas. A filha do casal criticou a decisão da mudança a uma semana do Natal. 

Herbert Goodine, de 91 anos, teve que deixar a unidade de cuidados médicos continuados onde vivia com sua mulher, Audrey Goodine, de 89, e foi para um asilo que oferece "cuidados mais avançados".

O estabelecimento onde moravam no Canadá deu a notícia na última sexta-feira, 15, e avisou que a mudança deveria ocorrer neste fim de semana.

"O plano foi executado e meu pai, transferido. Ele chorou ao se despedir da minha mãe, seus semblantes ficaram solitários", escreveu na segunda-feira, 18, Dianne Goodine Phillips, filha do casal, em uma postagem no Facebook que viralizou nas redes sociais.

A filha diz que, após pedir repetidas vezes que adiassem a mudança para depois do Natal - o que foi negado -, o departamento solicitou que ela decidisse para onde seu pai seria transferido. E que, como ela demorou algumas horas para dar uma resposta sobre isso, representantes do serviço abordaram o casal de idosos e "o forçou a tomar a decisão".

"Minha mãe disse: o Natal acabou para nós, este será o pior Natal que teremos. Por que eles não poderiam esperar o fim das festas?", escreveu Dianne na mensagem, que desde então teve mais de 17 mil compartilhamentos.

Ela disse ter recebido a informação de que haveria recursos para atender às necessidades de seu pai por mais alguns dias e, assim, permitir que permanecessem eles juntos até o Natal, mas que isso não foi oferecido à família.

"Nós estamos aguardando respostas para esclarecer como algo assim pode acontecer. Meu pai pode ter necessidades (especiais), mas, como qualquer outro cidadão, tem o direito de aproveitar sua vida. E passar esse período (do ano) com sua mulher era parte disso", acrescentou ela, que também pediu às pessoas que continuem apoiando.

Um representante do asilo em que o casal vivia junto também usou o Facebook para comentar o assunto.

"Uma vez que um residente está além do nosso nível (de cuidados) e o (departamento de) desenvolvimento social reavaliou seu nível, eu tenho que seguir as regras e regulamentos estabelecidos pelo governo. Não seguir as regras é contra a lei, eu poderia perder minha licença se não fizesse isso. A decisão foi tomada e está fora das minhas mãos", finalizou.

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