Imperador do Japão diz que pode abdicar do trono nos próximos anos
O imperador do Japão, Akihito, 82, disse a pessoas próximas que teria a intenção de abdicar do cargo em favor de seu filho, o príncipe Naruhito, 56, nos próximos meses, informou nesta quarta-feira (13) o canal público NHK.
Segundo a emissora, o monarca afirmou que pretende deixar o cargo quando não conseguir mais cumprir com todas as suas obrigações. O canal afirma que tanto sua mulher, Michiko, como o filho mais velho apoiam a decisão.
Até o momento não há nenhuma confirmação oficial sobre a abdicação. Nos últimos anos, Akihito sofreu diversos problemas de saúde, incluindo um câncer de próstata e a colocação de pontes de safena.
O monarca é filho de Hirohito, imperador japonês que levou o país à Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Apesar do passado do pai, ele foi considerado o primeiro monarca a abraçar a Constituição pacifista.
Ao completar 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, em 2015, disse sentir "um grande remorso" pelo conflito, que terminou com a rendição de Tóquio depois da explosão de duas bombas atômicas americanas.
"Olhando para o passado, junto com o grande remorso pela guerra, eu oro para que esta tragédia de guerra não se repita e juntos com nosso povo ofereço as mais profundas condolências aos que sofreram com ela."
Caso seja confirmada a abdicação, será a primeira no Japão desde 1817, quando o imperador Kokaku deixou o trono. Para tanto, o Parlamento japonês terá que reformar a lei para contemplar a possibilidade.
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