Total de visualizações de página

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

GIRO PELO BRASIL

No Brasil, 9% dos idosos consomem álcool todos os dias, aponta pesquisa

Um levantamento inédito feito pelo Datafolha mostrou que no Brasil aproximadamente um em cada dez homens idosos brasileiros bebe todos os dias, o que corresponde a 9% da faixa etária. O percentual é cinco vezes a média de todo o País, que tem 2%, e o dobro do percentual referente aos dependentes de álcool em todas as idades, com 4%. A informação é da Folha de S. Paulo.
A pesquisa mostra que os homens são mais expostos ao álcool. Entre as idosas, 81% não bebem, contra 57% idosos. No geral, 63% delas não bebem, ao passo que apenas 6% dos homens não fazem uso de álcool.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, a psiquiatra Ana Cecília Marques, que leciona na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que se a bebida for combinada com o uso de cigarros ou tranquilizantes, situação frequente entre os idosos, os malefícios são ainda maiores, porque somam-se a efeitos deletérios. Isso ocorre porque o sistema nervoso central vai se degenerando, o que pode possibilitar a hipertensão arterial e o acidente vascular cerebral (AVC). Já no sistema intestinal, continua a professora, há a chance de câncer e cirrose hepática. Também são comuns casos de diabete alcoólica e de infecção causada por queda do sistema imunológico.
Conforme a psiquiatra, estudos indicam que a taxa de dependentes de calmante entre os idosos é de 10%. Ela sugere a soma dos 9% revelados pelo Datafolha com os 10% dependentes de calmantes. "O impacto é imprevisível. É pior do que droga na cabeça de adolescentes porque a vulnerabilidade é muito maior", explica.
Além destes problemas, a profissional menciona à reportagem da Folha de S. Paulo  que o consumo excessivo do álcool e dos calmantes podem desencadear problemas como a depressão, que está relacionada aos suicídios entre os idosos. A professora explica que eles dão uma falsa sensação de alívio da angústia e a pessoa vai perdendo o controle da situação.
Redação O POVO Online

Nenhum comentário:

Postar um comentário