Papa e grande imã Ahmed al-Tayeb fazem reunião histórica no Vaticano
O encontro entre o chefe da Igreja católica e o influente líder muçulmano é considerado histórico e encerra dez anos de tensões entre a Santa Sé e a Universidade de Al-Azhar
O papa Franciscorecebeu nesta segunda-feira, 23, noVaticano, o grandeimã Ahmed al-Tayebda mesquita Al-Azhar do Cairo, principal instituição do Islã sunita, em um encontro considerado histórico após dez anos de tensões entre as duas instituições religiosas.
"Nosso encontro de hoje é uma mensagem por si só", disse o Papa argentino ao se despedir com um abraço do importante líder religioso, com quem se reuniu pela primeira vez no Vaticano, em sua biblioteca privada do Palácio Apostólico.
O encontro entre o chefe da Igreja católica e o influente líder muçulmano é considerado histórico e encerra dez anos de tensões entre a Santa Sé e a Universidade de Al-Azhar, a instituição mais importante do Islã sunita e o braço majoritário.
Com este abraço, o Papa argentino quis abrir novamente o diálogo após a ruptura em 2006 - depois das polêmicas declarações do papa Bento XVI em Ratisbona (Alemanha) -, nas quais relacionou a violência ao Islã.
O imã da época de Al-Azhar foi uma das autoridades religiosas muçulmanas mais críticas às palavras do Papa alemão, considerando-as um insulto e uma distorção do Islã. "Foi um encontro cordial, que durou 30 minutos", explicou o Vaticano em um comunicado oficial, acrescentando que foram abordados temas como "o compromisso das duas grandes religiões pela paz no mundo, a rejeição à violência e ao terrorismo".
Os dois líderes religiosos também analisaram "a situação dos cristãos no contexto dos conflitos e as tensões no Oriente Médio, assim como sua proteção". Com um comunicado divulgado no Cairo, a mesquita anuncia que os líderes religiosos decidiram "convocar uma conferência para a paz", sem informar o local ou a data.
"Precisamos assumir uma posição conjunta, de mãos dadas, para levar felicidade à humanidade", conclui a nota. O encontro contou com a presença do secretário particular do Papa, o egípcio Yoannis Lahdi Gaid, que serviu como tradutor.
"Foi uma reunião muito boa", comentou à imprensa Hi Shuman, vice-imã de Al-Azhar, depois de ressaltar os temas tratados: "encontrar urgentemente saídas à pobreza, ao extremismo e ao terrorismo", disse.
A reunião entre os dois líderes religiosos marca uma nova etapa para as duas religiões e é realizada num momento delicado devido à "islamofobia" que se espalha pela Europa e pelos Estados Unidos após os atentados em Paris e Bruxelas e ao crescimento do grupo extremista Estado Islâmico.
Ao fim do encontro, Francisco presenteou seu hóspede com sua encíclica sobre o meio ambiente, "Laudato si". Com a eleição em 2013 de Francisco, comprometido em reforçar o diálogo interreligioso, as relações entre a igreja católica e os muçulmanos melhoraram consideravelmente.
"Nosso encontro de hoje é uma mensagem por si só", disse o Papa argentino ao se despedir com um abraço do importante líder religioso, com quem se reuniu pela primeira vez no Vaticano, em sua biblioteca privada do Palácio Apostólico.
O encontro entre o chefe da Igreja católica e o influente líder muçulmano é considerado histórico e encerra dez anos de tensões entre a Santa Sé e a Universidade de Al-Azhar, a instituição mais importante do Islã sunita e o braço majoritário.
Com este abraço, o Papa argentino quis abrir novamente o diálogo após a ruptura em 2006 - depois das polêmicas declarações do papa Bento XVI em Ratisbona (Alemanha) -, nas quais relacionou a violência ao Islã.
O imã da época de Al-Azhar foi uma das autoridades religiosas muçulmanas mais críticas às palavras do Papa alemão, considerando-as um insulto e uma distorção do Islã. "Foi um encontro cordial, que durou 30 minutos", explicou o Vaticano em um comunicado oficial, acrescentando que foram abordados temas como "o compromisso das duas grandes religiões pela paz no mundo, a rejeição à violência e ao terrorismo".
Os dois líderes religiosos também analisaram "a situação dos cristãos no contexto dos conflitos e as tensões no Oriente Médio, assim como sua proteção". Com um comunicado divulgado no Cairo, a mesquita anuncia que os líderes religiosos decidiram "convocar uma conferência para a paz", sem informar o local ou a data.
"Precisamos assumir uma posição conjunta, de mãos dadas, para levar felicidade à humanidade", conclui a nota. O encontro contou com a presença do secretário particular do Papa, o egípcio Yoannis Lahdi Gaid, que serviu como tradutor.
"Foi uma reunião muito boa", comentou à imprensa Hi Shuman, vice-imã de Al-Azhar, depois de ressaltar os temas tratados: "encontrar urgentemente saídas à pobreza, ao extremismo e ao terrorismo", disse.
A reunião entre os dois líderes religiosos marca uma nova etapa para as duas religiões e é realizada num momento delicado devido à "islamofobia" que se espalha pela Europa e pelos Estados Unidos após os atentados em Paris e Bruxelas e ao crescimento do grupo extremista Estado Islâmico.
Ao fim do encontro, Francisco presenteou seu hóspede com sua encíclica sobre o meio ambiente, "Laudato si". Com a eleição em 2013 de Francisco, comprometido em reforçar o diálogo interreligioso, as relações entre a igreja católica e os muçulmanos melhoraram consideravelmente.
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