As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Fortaleza, que se estendem por 13,4 km - e quando pronto ligará a Parangaba ao Mucuripe - estão com 60% de conclusão. Os trabalhos foram retomados em julho de 2015, após terem parado por um ano. Com o reinício, o percurso foi dividido em três áreas. Ontem, o governador Camilo Santana visitou a obra e informou que o trecho II, localizado entre a Av. Borges de Melo e a Parangaba será entregue em setembro, quando terá início a operação assistida. Porém, 40% dos processos de desapropriação ainda serão iniciados. Isto, segundo Camilo, poderá afetar este prazo.
Durante a visita realizada no canteiro de obra da Estação do Papicu, localizada nas proximidades do terminal situado no mesmo bairro, Camilo defendeu que a intervenção do VLT "é uma prioridade da atual gestão". O gestor acrescentou que o Governo tem feito um esforço para "mesmo com recursos próprios concluir a intervenção e realizar as desapropriações".
O titular da Seinfra informou que os "conflitos" concentram-se, sobretudo, em duas grandes áreas específicas, incluídas no trecho III - que vai do Iate (no Mucuripe) até a Av. Borges de Melo. Segundo André, na comunidade do Lagamar, no bairro São João do Tauape, cerca de 600 famílias que serão afetadas ainda irão começar o processo de desapropriação. A outra área de conflito, que vai da Av. Santos Dumont à Estação Iate, segundo ele, abriga cerca de 550 famílias a serem desapropriadas.
Durante a visita, Camilo reforçou também que a intenção é inaugurar parte do equipamento - trecho II - em setembro e garantir o funcionamento do VLT como um todo até o fim de 2017. Mas, reiterou que esses prazos podem ser alterados. "Não gosto de estabelecer um cronograma porque é uma obra que não depende só da engenharia ou da construção, depende de toda essa negociação com muitas famílias ao longo de todo trecho", ponderou.
Prazos
Já o titular da Seinfra, André Facó, acrescentou que foi fixado um prazo - primeiro semestre de 2017- para a conclusão destas 1.200 desapropriações. Ele reforçou também que assim como a Linha Sul do Metrô de Fortaleza, o VLT, que cortará 22 bairros da Capital, funcionará, inicialmente, em operação assistida e, posteriormente, passará a operar de modo comercial.
O trabalhos desenvolvidos na remodelação do ramal ferroviário, utilizado para transporte de carga, hoje, tem ritmo e características distintas em cada um dos três trechos. Nos 13,4km de extensão, as intervenções distinguem-se indo desde a limpeza de terreno para instalação de canteiros de obras até acabamentos em estações já estruturadas.
As obras do VLT começaram em abril de 2012 com previsão de término para a Copa do Mundo de 2014. No entanto, as intervenções tiveram atrasos e foram paralisadas de junho de 2014 a junho de 2015. Segundo o Estado, devido ao descumprimento dos termos do contrato, a gestão teve que romper com o consórcio anterior e abrir um novo processo licitatório em abril do ano passado. O custo total dos três trechos, divulgados, atualmente, pelo Governo do Estado do Ceará, é de R$ 151,2 milhões. Estes recursos são oriundos do orçamento estadual e do Governo Federal.
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