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quarta-feira, 25 de maio de 2016

SAÚDE DA MULHER

Reposição hormonal: o estrogênio como medicamento faz mal mesmo?


Além de exercer a função reprodutiva - que todas nós mulheres modernas e bem informadas conhecemos -, o estrogênio está envolvido com a proteção cerebral, cardiovascular e óssea, evita surgimento de nódulos tireoidianos e a perda do colágeno da pele e articulações, previne diabetes mellitus e mantém a produção de hormônios do bem estar, como dopamina e serotonina, ou seja, é quase impossível imaginar a vida sem esse hormônio.

Apesar da sua importância para a longevidade saudável, a reposição do estrogênio, principal hormônio feminino, ainda enfrenta resistência e temor junto a um grande contingente de mulheres.

Reposição hormonal: o estrogênio como medicamento faz mal mesmo?

Para falar sobre os motivos desses receios, e apresentar os novos procedimentos para o restabelecimento do equilíbrio biológico feminino através da modulação hormonal, a Dra. Mariana Halla, especialista em ginecologia endócrina e envelhecimento saudável, será uma das palestrantes do ICAD Brazil 2016 – Congresso Internacional de Dermatologia Estética e Envelhecimento Saudável, que será realizado nos dias 16, 17 e 18 de junho de 2016 no Centro de Exposições Frei Caneca, em São Paulo.

Medo da reposição hormonal


“Esse medo vem sendo alimentado por situações já superadas, sendo a principal delas a publicação, em 2002, do estudo WHI (Women's Health Initiative), mostrando aumento do risco de câncer de mama após cinco anos de reposição hormonal”, afirma a especialista.

Acetato de Medroxiprogesterona


“O que a maioria das pessoas não sabe é que naquela época foi usado o Acetato de Medroxiprogesterona junto com o Estrogênio Equino Conjugado (derivado da urina de éguas prenhas), duas substâncias sintéticas que não são reconhecidas pelo nosso corpo. Além do risco de câncer de mama, também foi registrado aumento do risco de trombose, e algumas mulheres tiveram piora de doenças preexistentes e ganho de peso.”

A Dra. Mariana ressalta que, em 2005, a pesquisadora francesa Agnes Fournier publicou um estudo com quase 100 mil mulheres com media de idade de 52 anos, mostrando que o uso de estrogênio pela via transdérmica (através da pele) com a progesterona natural não aumenta o risco de câncer de mama. “Assim, colocamos um ponto final na maior causa de medo entre as mulheres quando se fala de reposição hormonal. A diferença entre o hormônio usado anteriormente e o empregado no estudo é que este último mimetiza de forma perfeita a estrutura da molécula produzida pelo nosso corpo, por isso vem sendo chamado de bioidêntico”.

Embora controverso este nome apenas significa igualdade molecular e, segundo a Dra. Mariana, pode ser comprado já industrializado em farmácias de rede ou manipulado a pedido médico. As entidades internacionais de Ginecologia e Endocrinologia costumam priorizar os produtos prontos, industrializados, devido ao controle rigoroso da indústria farmacêutica internacional.

Os principais hormônios bioidênticos que costumam ser prescritos são Estrogênio, Progesterona, Testosterona e DHEA. A Testosterona ainda não existe industrializada no comércio mundial para mulheres, portanto deve ser manipulada. “A deficiência desta última está diretamente ligada ao cansaço, redução da força muscular e falta de libido. Sabemos que até 88% das mulheres apresentam algum distúrbio da sexualidade nesta fase, mas felizmente, após 2001, no Consenso de Princeton, uma conferência internacional de especialistas, ficou estabelecido que mulheres com esse diagnóstico se beneficiariam da reposição de testosterona” diz a Dra. Mariana..

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